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Saúde Menopausa também afeta a visão: saiba os sinais e sintomas que exigem atenção

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O olho seco é a doença ocular mais frequente nesse período. (Foto: Reprodução)

A perimenopausa causa uma série de transformações no corpo feminino. Algumas são bastante conhecidas, como os fogachos, a irritabilidade e o ganho de peso, mas outras passam despercebidas ou são pouco faladas. Entre elas está a saúde ocular, que também sofre impacto com as oscilações hormonais desse período.

“Na perimenopausa, a mulher passa por um monte de coisas e, de repente, aquele sintoma de ardência nos olhos, ou aquela intolerância ao ambiente com ar-condicionado, ou até um lacrimejamento acabam passando batido”, explica Mônica Alves, oftalmologista e professora da Unicamp.

O olho seco é a doença ocular mais frequente nesse período. Estima-se que, no Brasil, sua prevalência varie de 13% a 23%, dependendo da população estudada e do método de diagnóstico, segundo Alves.

As manifestações incluem ardência, vermelhidão, lacrimejamento, peso nas pálpebras e sensação de areia nos olhos, até dificuldade de leitura e intolerância a ambientes com ar-condicionado. “São sintomas que impactam muito na qualidade de vida das pessoas”, diz a médica.

Além do impacto no dia a dia, o olho seco coloca a saúde ocular em risco. Cada piscada, que deveria proteger os olhos, pode se transformar em um fator de desgaste quando há ressecamento. O atrito constante da pálpebra na superfície ocular provoca inflamação e prejudica o funcionamento natural das estruturas responsáveis por manter o equilíbrio da lágrima.

“É muito importante a gente ter um diagnóstico precoce, orientar essa paciente como ela vai cuidar da superfície, como identificar se o olho está inflamado ou não e quando precisa só de um lubrificante ou de alguma terapia adicional”, destaca a oftalmologista.

O quadro pode aparecer em qualquer fase da vida, mas a perimenopausa é uma das etapas em que as mulheres ficam mais suscetíveis, por causa da queda hormonal. Estrogênio, andrógenos e progestágenos desempenham papéis essenciais na produção e na renovação da lágrima, além de atuarem na sensibilidade e na regulação da inflamação ocular. Quando esses níveis diminuem, o impacto é direto sobre a superfície dos olhos.

“O estrogênio ajuda a regular as células da superfície ocular e as secreções das glândulas que produzem os componentes da lágrima, controlando processos inflamatórios. Já os progestágenos regulam a sensibilidade e a dor, enquanto os androgênios atuam principalmente nas glândulas que produzem o óleo da lágrima”, explica a professora da Unicamp.

O diagnóstico do olho seco é feito por meio da avaliação clínica. Questionários específicos ajudam a mapear os sintomas, enquanto exames no consultório permitem analisar a superfície ocular, medir a qualidade da lágrima e identificar possíveis lesões.

Já o tratamento varia conforme a gravidade e envolve mudanças no estilo de vida e o uso de colírios lubrificantes formulados para diferentes necessidades. Há versões mais ricas em óleo, em água ou com ácido hialurônico para auxiliar na cicatrização. Em casos de inflamação ou lesões, podem ser necessários medicamentos por tempo limitado.

“O primeiro passo é entender o contexto da paciente, educá-la sobre os fatores que pioram os sintomas e, depois, suplementar essa lágrima que não está sendo produzida de forma adequada”, diz Mônica Alves, oftalmologista e professora da Unicamp.

Outro ponto importante da saúde ocular feminina na maturidade é a catarata. Trata-se da opacificação do cristalino, a lente natural dos olhos, que tende a se intensificar após os 40 anos e tem maior prevalência em mulheres.

“A presbiopia é o prenúncio da catarata, se a gente pudesse falar assim. A vista cansada, quando chega após os 40 anos, já é o início do envelhecimento dessa lente que se chama cristalino”, explica Gustavo Bonfadini, oftalmologista e doutor em oftalmologia pela Unifesp.

Os sinais que merecem atenção incluem a necessidade de trocar o grau dos óculos com frequência, dificuldade para ler, enxergar à noite ou em ambientes pouco iluminados, além de visão embaçada ou mais sensível à luz. “Se você tem mais de 50 anos e precisa mudar o grau toda hora, vale a pena consultar um oftalmologista”, alerta o médico.

Ele lembra que fatores como maior expectativa de vida, variações hormonais, obesidade, diabetes e até barreiras de acesso à saúde ajudam a explicar por que a condição é mais comum no público feminino.

A cirurgia ainda é o único tratamento disponível e apresenta alto índice de sucesso. “Todos nós, eu costumo brincar, se não morrermos, vamos ter catarata. Então, eu quero ter catarata um dia porque é um sinal do envelhecimento natural dos nossos olhos”, diz Bonfadini. Entre as medidas preventivas, ele cita a proteção contra radiação ultravioleta, por meio do uso de óculos escuros, o controle de doenças metabólicas e um estilo de vida saudável. As informações são da revista Marie Claire.

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