Quinta-feira, 19 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2016
A distribuição de renda no Brasil é pior do que se imaginava. Um estudo da Tendências Consultoria Integrada mostrou que a classe A – famílias com rendimento superior a 14,69 mil reais – detém uma grande fatia da massa de renda nacional. O levantamento, com base nos dados da RF (Receita Federal), mostrou que 2,5 milhões de famílias da classe A são responsáveis por 37,4% da renda nacional. Pelos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), os mais ricos tenham 16,7% da renda nacional.
Nas famílias com renda de cinco a dez salários mínimos, a massa de renda apurada pela Pnad é 13% menor do que mostra a RF. A diferença cresce conforme o topo da pirâmide se aproxima. Na faixa de ganhos acima de 160 salários mínimos, a massa de renda captada pela Pnad é 97% menor do que os dados do Imposto de Renda.
O estudo, que fez um ajuste entre os dois dados, mostrou que o abismo entre as classes sociais é maior do que se imaginava e as classes A e B são maiores do que pesquisas indicavam. Pela Pnad, a classe A responde por 2% das famílias brasileiras, e a classe B, por 12,6%. Pela consultoria, a fatia das classes aumenta para 3,6% e 15%, respectivamente. (AE)