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Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2020
É a décima quinta semana seguida em que estimativas de inflação são revisadas para cima
Foto: ReproduçãoOs economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2020, pela décima quinta semana seguida, e também passaram a estimar um tombo menor do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
As expectativas fazem parte do boletim de mercado conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo BC (Banco Central). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, a expectativa do mercado para este ano passou de 3,25% para 3,45%. No decorrer do ano, com a pandemia do novo coronavírus e a recessão na economia brasileira, o mercado baixou a estimativa de inflação. Nos últimos meses, porém, com a alta do dólar e com a retomada da economia, os preços voltaram a subir.
Em setembro, a inflação oficial do País avançou 0,64%, a maior alta para o mês desde 2003. Em outubro, subiu para 0,86%, a maior desde 2002. Apesar da alta, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e acima do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2021, o mercado financeiro subiu de 3,22% para 3,40% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Retração da economia
Sobre o comportamento da economia brasileira em 2020, os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de tombo do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,66% para 4,55% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Na última semana, o mercado subiu de 3,31% para 3,40% a estimativa de expansão do PIB para 2021.
A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado uma retomada da economia brasileira.
Taxa básica de juros
Após a manutenção da taxa básica de juros em 2% ao ano no fim de outubro, o mercado segue prevendo estabilidade na Selic neste patamar até o fim deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa do mercado subiu de 2,75% para 3% ao ano. Isso quer dizer que os analistas passaram a estimar uma alta de juros maior em 2021.