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Brasil Mesmo pagando meio bilhão de reais ao FBI, brasileiro envolvido no escândalo da Fifa continuaria rico

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José Hawilla, 71 anos, aplicou parte da fortuna em empreendimentos imobiliários. (Crédito: Reprodução)

Colaborador da investigação americana sobre a Fifa (Federação Internacional de Futebol), o empresário José Hawilla, 71 anos, provavelmente encerrou sua atuação no futebol ao incriminar a cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e outros em troca de uma punição mais branda.

Mas, caso seja autorizado um dia pela Justiça americana a deixar o país, poderá encontrar refúgio em sua cidade natal, São José do Rio Preto, que fica a 440 quilômetros da capital paulista.

Filho de um dono de laticínio de origem libanesa, Hawilla começou o contato com o futebol e a comunicação ainda garoto. Jotinha, como ele é chamado pelos amigos da cidade, foi repórter de campo antes de se mudar para São Paulo, em 1963.

Lá, continuou a carreira de jornalista. Após alguns anos, entrou na TV Globo. Comandava a área de esportes em São Paulo quando ajudou a organizar uma greve, em 1979, o que o levou a ser demitido. Desempregado, tentou a sorte em duas frentes: uma frota de carrinhos de cachorro quente e na compra de uma pequena empresa que comercializava anúncios em pontos de ônibus chamada Traffic (daí o nome).

Os carrinhos desapareceram, mas, nas três décadas seguintes, a Traffic se tornaria a maior empresa de marketing esportivo da América Latina por meio da exploração de direitos de comercialização de torneios como a Libertadores, Copa América e a Copa do Brasil.

Parte desses negócios está sendo investigada nos EUA. Réu confesso por crimes como lavagem de dinheiro, comprometeu-se a pagar 151 milhões de dólares (quase meio bilhão de reais) de multa e colabora com o FBI desde 2013, incriminando cartolas como o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que está preso na Suíça.

Em Rio Preto, onde aplicou boa parte da fortuna, seus negócios funcionam normalmente. Dois são megaempreendimentos imobiliários.

Desde 2003, Hawilla é dono da TV TEM, afiliada da Rede Globo (detentora de 10% do negócio) que abrange 318 municípios do rico interior paulista, incluindo, claro, Rio Preto, onde mantém residência de 15 mil metros quadrados, o equivalente a dois campos de futebol. “Ninguém fez tanto por Rio Preto neste século 21 como Hawilla”, diz o jornalista e empresário Waldner Lui, 69, padrinho do primogênito, Stefano, que administra a TV TEM.

Lui afasta o risco de que Hawilla fique insolvente por causa da multa milionária, o que vem levantando temores em quem investiu em seus empreendimentos. “Não sou leviano para falar em números, mas asseguro que ele tem dinheiro para pagar a multa.”

O amigo também afirma não acreditar que Hawilla tenha pago propina ou incriminado parceiros de negócios. “Duvido-o-dó. Mesmo se estivesse preso no meio de uma guerra, não entregaria nunca.”

Superstição.

Adepto da numerologia, o empresário evita fechar negócios em determinados meses do ano.

Relatos de amigos de Rio Preto e atuais e ex-funcionários de empresas do jornalista apontam que ele evita fechar negócios nos meses múltiplos de quatro: abril, agosto e dezembro.

Quando comprou o jornal Folha de Rio Preto, em 2005, que deu origem ao Bom Dia Rio Preto, adiou a troca do título, prevista para agosto, para o mês seguinte. É apaixonado por sudoku, jogo de desafio lógico.

Quatro de seus ex-funcionários contam que ele telefonava para as redações para questionar o grau de dificuldade apresentado no desafio.

Durante reuniões, era comum ver Hawilla com o jornal em mãos tentando desvendar os números do jogo.

O contato com as Redações da rede Bom Dia, vendida em 2013, aliás, era constante. Não se desfez só da rede de jornais. A Traffic vendeu no ano passado a estrutura física e o time de futebol do Desportivo Brasil, que ficam em Porto Feliz, também no interior de São Paulo.

O negócio saiu por cerca de 38 milhões de reais, e o comprador foi o clube chinês Shandong Luneng, dirigido pelo técnico brasileiro Cuca. (Folhapress)

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