Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2025
O momento chamou a atenção do público e da imprensa, já que o artista tem mantido distância dos holofotes nos últimos anos.
Foto: Reprodução/Redes SociaisÍcone da trilogia “De Volta para o Futuro”, o ator Michael J. Fox, de 64 anos, fez uma rara aparição durante o US Open, em Nova York. O canadense chegou ao evento de cadeira de rodas e assistiu às partidas de tênis ao lado da esposa, a atriz Tracy Pollan, com quem é casado há 36 anos. O momento chamou a atenção do público e da imprensa, já que o artista tem mantido distância dos holofotes nos últimos anos.
Diagnosticado com a doença de Parkinson há 35 anos, Fox não aparece com frequência em eventos públicos. No torneio, ele foi recebido com carinho pelos fãs, acenou para a plateia e posou para algumas fotos, gesto que repercutiu nas redes sociais.
O ator recebeu o diagnóstico precoce da doença em 1990, quando tinha apenas 29 anos. Por quase uma década, manteve a condição em sigilo, até anunciá-la publicamente em 1998. Dois anos depois, fundou a Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s Research, que se tornou uma das maiores entidades de financiamento de pesquisas sobre a doença no mundo. Desde sua criação, a organização já destinou mais de US$ 2 bilhões a projetos científicos voltados à busca por novos tratamentos e por uma possível cura.
Em 2020, Fox anunciou a aposentadoria definitiva da atuação, alegando que os sintomas avançados — especialmente dificuldades de fala e de memória — tornaram inviável a continuidade de sua carreira. Ainda assim, o ator segue ativo em iniciativas sociais, documentários e entrevistas ocasionais, reforçando sua imagem como um dos principais porta-vozes da conscientização sobre o Parkinson.
O artista marcou gerações com papéis emblemáticos, sendo o mais conhecido o do jovem Marty McFly, que viaja no tempo ao lado do cientista Doc Brown na franquia “De Volta para o Futuro”. Também estrelou séries de sucesso, como “Spin City”, pela qual ganhou o Globo de Ouro e o Emmy.
A doença de Parkinson
O Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva que compromete principalmente o controle dos movimentos. Os sintomas mais comuns incluem tremores, rigidez muscular, lentidão para executar tarefas, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita. Embora não tenha cura, existem tratamentos que envolvem medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional e, em alguns casos, cirurgias de estimulação cerebral profunda. Essas medidas ajudam a controlar os sinais e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8,5 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença. No Brasil, estima-se que sejam mais de 200 mil casos. A idade avançada é o principal fator de risco, mas existem registros de diagnóstico precoce, como ocorreu com Fox.
