Domingo, 23 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2016
O presidente Michel Temer disse em entrevista publicada nesse domingo ser contra o reajuste dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), reforçou a necessidade do teto de gastos, avaliou que a reforma da Previdência “não se consegue aprovar cedo”, voltou a questionar a acusação de golpe no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e garantiu que não existe possibilidade de interferir na Operação Lava-Jato.
“Isso daí [reajuste do STF] gera uma cascata gravíssima. Porque pega todo o Judiciário, outros setores da administração, todo o Legislativo”, disse Temer em entrevista publicada pelo jornal O Globo. Questionado se essa era uma briga que compraria, o presidente disse: “não compro contra ninguém, mas em favor do País”.
O reajuste dos ministros do STF estava para ser votado pelo Senado na quinta-feira, mas PSDB e DEM se posicionaram contra a medida e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu deixar a apreciação da matéria para “momento oportuno”. Efetivado no cargo há poucos dias, Temer disse que agora vai ser mais presidente da República.
“É claro que preciso, a partir de agora, tomar posições que podem desagradar”, disse. Mas quando tratou das reformas que o governo quer fazer avaliou que elas são polêmicas e não impopulares.