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Brasil A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, testou negativo para coronavírus após Bolsonaro contrair a doença

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Primeira-dama não está com a doença. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, anunciou em sua rede social que o teste dela e de suas filhas deram resultado negativo para coronavírus. “Minhas filhas e eu testamos negativo para covid-19. Agradeço as orações”, comemorou.

O presidente Jair Bolsonaro informou que estava com Covid-19 na terça-feira (7). Ele realizou o teste um dia antes após apresentar febre de 38 graus e mal-estar. Desde então, o presidente permanece no Palácio da Alvorada e despacha com ministros e assessores por videoconferência. Bolsonaro também foi ao Hospital das Forças Armadas (HFA) fazer uma ressonância no pulmão. A informação é de que a saturação de oxigênio dos pulmões do presidente está em 96%, o que é considerado aceitável.

Apelido internacional

Fundado em 1888 sob os mais liberais dos preceitos, defendendo a livre iniciativa e a economia de mercado, a única coisa que o respaldado jornal britânico Financial Times não pode ser acusado é de flertar com linhas esquerdistas. Pois bem: para uma das bíblias do mercado financeiro mundial, Bolsonaro tem uma nova alcunha: Capitão Corona. Em um artigo publicado na sexta-feira (10), o jornal destrincha a postura errática do presidente a respeito da pandemia e do pouco caso, inclusive, com sua própria infecção pelo coronavírus, virando uma espécie de garoto-propaganda de um medicamento sem qualquer eficiência comprovada contra a doença. “Pode-se argumentar que nenhum outro presidente da história democrática recente do Brasil foi tão imprudente consigo mesmo ou com o país”, argumenta o periódico.

Sob o título Jair Bolsonaro, o Capitão Corona do Brasil, aposta na negação do vírus, o texto apresenta a jornada do presidente desde as eleições de 2018 até ganhar as láureas de uma gestão temerária, copiando seu alter-ego americano, Donald Trump. O texto afirma que o presidente, ao negar a gravidade da doença, deve usar a própria infecção para provar que as medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos foram exageradas, e colocar a draga econômica colhida pela pandemia de Covid-19 na conta dos mandatários regionais. “A aposta de alto risco de Bolsonaro pode valer a pena. Se o Trump Tropical, como também é conhecido, sofre apenas sintomas leves, ele se tornaria um exemplo vivo de que o Covid-19 é apenas uma gripezinha”, disserta o FT. “A culpa pelas dificuldades econômicas do país poderia ser transferida para inimigos políticos, que pressionaram por medidas de distanciamento social”, diz o jornal.

E o preço, segundo o jornal, da irresponsabilidade de Bolsonaro pode ter um alto preço. O periódico aponta que a postura errática do presidente em relação à pandemia pode colocar à prova a agenda de reformas defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Sua abordagem abrasiva provoca o risco de minar as reformas econômicas”, afirma o periódico britânico. “Embora o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenha adotado algumas medidas, a agenda foi em grande parte interrompida, em parte devido à capacidade infalível do presidente de brigar com os legisladores”, mostra que está inserido na realidade político-econômica brasileira.

O jornal ainda argumenta sobre a participação de Bolsonaro em atos que pediam pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e relembra aos investidores estrangeiros que o presidente está sob investigação, graças às declarações do ex-ministro Sérgio Moro, da Justiça, de que o presidente mobilizou-se para interferir na Polícia Federal. O jornal argumenta que, com uma base de apoio sólida entre cerca de 30% da população, um processo de impeachment é um cenário distante.

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https://www.osul.com.br/michele-bolsonaro-testa-negativo-para-coronavirus-apos-bolsonaro-contrair-a-doenca/ A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, testou negativo para coronavírus após Bolsonaro contrair a doença 2020-07-11
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