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Brasil As críticas sobre a suposta censura e a falta de transparência do Facebook unem os petistas e os bolsonaristas

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O Facebook não rotula ou remove publicações ou anúncios que expressam oposição a vacinas caso elas não tenham alegações falsas. (Foto: Reprodução)

Atingidos de formas distintas por investigações recentes do Facebook, bolsonaristas e petistas têm publicado críticas semelhantes às redes sociais controladas por Mark Zuckerberg. Na avaliação de ambos os lados, Facebook, WhatsApp e Instagram estariam se comportando como “censores”, não seriam “transparentes” e agiriam com motivação política.

As redes sociais, por sua vez, dizem que reagiram a ”comportamentos abusivos” dos perfis e grupos alvejados. Os bolsonaristas sofreram um baque, quando o Facebook nos Estados Unidos anunciou a derrubada de 88 contas ligadas a assessores da família Bolsonaro e de apoiadores no Brasil – 14 páginas do Facebook, 35 perfis pessoais, um grupo e outras 38 páginas do Instagram.

O anúncio foi feito pela diretoria de cibersegurança do Facebook nos EUA e gerou manchetes em todo o mundo. Segundo a rede social, funcionários públicos empregados por bolsonaristas estariam envolvidos “em um comportamento não autêntico coordenado”, trabalhando em rede “para enganar o público doméstico sistematicamente, ocultando a identidade dos operadores”.

Em menor escala, no fim de junho, o WhatsApp desativou nove contas ligadas ao PT por supostos disparos automáticos de mensagens políticas. Em nota, o WhatsApp informou seus “produtos não foram projetados para enviar mensagens em massa ou automatizadas, que violam nossos termos de serviço. Por meio de nossos avançados sistemas de aprendizado de máquina somos capazes de detectar essas práticas”.

Apesar da diferença na escala e na gravidade dos supostos desvios apontados empresa americana, políticos tão antagônicos quanto os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Gleisi Hoffmann surpreenderam seguidores ao fazerem coro em críticas ao Facebook.

O filho do presidente Jair Bolsonaro critica o Facebook por agir arbitrariamente, sem transparência sobre o que define como “discurso de ódio”. “Mesmo sem definição do que seja crime de ódio, a rede de Mark Zuckemberg (sic) excluiu diversos perfis conservadores no Facebook e Instagram”, criticou Eduardo Bolsonaro pelo Twitter.

“Tudo isso pega carona, e também dá carona, à narrativa dos inquéritos do STF e ao 3º turno no TSE, que não reconhecem o movimento espontâneo que elegeu bolsonaro e bolsonaristas em 2018, preferindo acreditar na invenção de que há uma rede arquitetada por trás desse movimento”, prosseguiu o deputado.

Assim como o pai e os irmãos Flavio e Carlos, Eduardo Bolsonaro emprega um dos funcionários públicos apontados pelo Facebook como operador de perfis falsos e propagador de notícias inverídicas. Paulo Eduardo Lopes, conhecido como Paulo Chuchu, diz em suas redes sociais que trabalha para a família Bolsonaro há cinco anos. Atualmente lotado no gabinete de Eduardo Bolsonaro, ele é apontado pela investigação divulgada pelo Facebook como “um dos principais operadores da rede”.

Chuchu, também líder da Aliança pelo Brasil, o partido que o presidente quer criar, em São Bernardo do Campo, recebe um salário de R$ 7,8 mil, segundo o Portal da Transparência. A investigação aponta que Paulo Chuchu seria responsavel por pelo The Brazilian Post, um suposto site de noticias que não informava o vínculo com a família presidencial, mas fazia propaganda do novo partido e atacava rivais como se fosse um veículo independente. As páginas foram apagadas no Instagram e no Facebook.

A investigação contou com a participação do centro de estudos Atlantic Council, cujo laboratório forense analisou as páginas antes de serem derrubadas pela plataforma e investigou a rede de contas e notícias falsas. A investigação aponta, ainda, Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República, como administrador de uma conta de Instagram acusada de misturar “meias-verdades” para chegar a conclusões falsas na difusão de conteúdo.

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