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Política Michelle conversa com Bolsonaro na prisão, após briga com filhos do ex-presidente

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) visitou o marido, Jair Bolsonaro (PL), na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. (Foto: Reprodução)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) visitou o marido, Jair Bolsonaro (PL), na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-presidente segue preso, nessa quinta-feira (4). Trata-se do primeiro encontro entre os dois desde a briga pública dela com os filhos de Bolsonaro. Michelle saiu vitoriosa do embate e o PL suspendeu a aliança formada com Ciro Gomes (PSDB) nas eleições do Ceará, como ela exigiu. O filho mais velho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, foi obrigado a pedir desculpas públicas à madrasta, por ordem do pai, e ficou estabelecido que Michelle participará de futuras decisões para montagem de chapas que visam as eleições de 2026.

Nessa quinta, Michelle chegou ao local com uma bíblia na mão e ao lado da filha do casal, Laura. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho 02 do ex-presidente, não visitou o pai, embora tivesse autorização. Ele havia pedido à Justiça autorização para trocar a visita para a data do seu aniversário, o que foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ex-primeira-dama deixou o local sem falar com a imprensa.

Caciques de partidos do Centrão que apostavam em perda de território dela em decisões partidárias ficaram frustrados com o desfecho da crise. Por ter atacado a aliança cearense, desrespeitando uma ordem do marido, e ter se tornado alvo de uma ação coordenada dos enteados, membros de partidos do Centrão avaliavam que Michelle demonstrou imaturidade política e, com isto, perderia protagonismo.

A queda de Michelle era tida como certa e respaldada em partidos como PP, União Brasil e Republicanos, que esperavam que o episódio a tirasse de vez das especulações para concorrer a vice-candidata ao Planalto em 2026, já que nomes dessas legendas, como o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira (PI), sonham em ocupar o posto. Membros desses partidos reclamam com frequência da falta de contato com Michelle e do melhor trânsito com os filhos de Bolsonaro. Pela decisão tomada pelo ex-presidente, seus herdeiros precisarão alinhar posicionamentos com a ex-primeira-dama antes de torná-los públicos.

A reconciliação de Michelle com o enteado Flávio Bolsonaro (PL) teve pedido de desculpas e momentos de choro e reza entre os dois, depois de um entrevero familiar gerado por posicionamentos antagônicos em relação ao apoio para o governo do Ceará. Michelle foi referendada pelo marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a visita de Flávio horas antes, na Superintendência da Polícia Federal, onde segue preso. Ele disse ao filho que não aceitaria complô contra a esposa.

Flávio pediu desculpas à madrasta e ouviu que ela não gostaria de ser novamente desautorizada publicamente pelos filhos de Bolsonaro. De acordo com Flávio, os dois se abraçaram e fizeram uma oração. Segundo presentes, Flávio chegou a chorar neste momento. Mas, Michelle também emitiu recados para o jogo político cearense: ela afirmou que, dali em diante, seria substituída nas agendas do PL Mulher pela deputada Priscila Costa (CE), atual vice-presidente da ala feminina do partido. A intenção de Michelle é reforçar o nome de Priscila como sua candidata ao Senado pelo partido no estado e não permitir avanços dos filhos de Bolsonaro nas negociações locais, sem que ela seja informada.

Parte do diretório estadual da legenda defende o nome de Priscila como “puxadora de votos” para a Câmara em 2026 – algo que Michelle refuta. Ela defendeu o nome de uma mulher ao Senado pelo estado e afirmou que discorda dessa possibilidade, assim como se manifestou de maneira contrária à aliança com Ciro. Ao nomear Priscila como sua porta-voz no estado, a ex-primeira-dama impulsiona os votos da aliada automaticamente e cria uma “encruzilhada” para quem tiver outros planos para a chapa.

“Conversamos, entendi o ponto de vista da primeira-dama e nos entendemos. Demos um abraço, fizemos uma oração e lamentamos as condições com que Jair Bolsonaro está preso na PF. Isso é passado”, desconversou Flávio.

Após a briga pública entre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a aliança costurada no Ceará para que os bolsonaristas apoiassem uma possível candidatura de Ciro Gomes ao governo foi suspensa. Em reunião realizada na terça-feira em Brasília, ficou acordado que o partido irá procurar outro nome, já que Ciro não agrada a todas as alas da família.

A decisão foi referendada por Bolsonaro em encontro com Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nesta terça, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena. Após fazer parte de um ataque coordenado com os irmãos, Flávio disse pela manhã que pediu desculpas a Michelle. Agora, ele afirma que a ex-primeira-dama segue com poderes para fazer posicionamentos, desde que alinhados com o clã e que contem com o crivo do patriarca da família. Coube ao deputado André Fernandes (CE), que costurava a aliança dos bolsonaristas com Ciro em seu estado, fazer o anúncio:

“A gente avançou nessas articulações tentando, sim, fazer ali uma aliança, uma composição para derrotar o PT no estado do Ceará. O presidente Bolsonaro desde sempre soube disso (da aliança com Ciro). Houve, como falou, um ruído de comunicação. Vou continuar lutando para que o estado do Ceará se livre das garras do PT, para que acorde. Eu estou aqui para dizer que faremos essa composição em conjunto. Acato a ordem do diretório nacional e ao que tudo indica vamos repensar, analisar um futuro melhor para o estado”, disse Fernandes.

Flávio disse que o entrevero familiar é “coisa do passado”. “Eu acho que a gente dá um passo importante aqui de amadurecimento, de demonstração de maturidade. A Michelle participa do núcleo duro aqui do partido que vai tomar as decisões, porque ela tem um posicionamento muito cristalino, muito transparente, muito verdadeiro e com a visão que ela, uma pessoa que tem percorrido o Brasil todo, pode colaborar e muito para que a gente tome as decisões corretas em cada estado. O que houve foi um ruído de comunicação e todo mundo querendo acertar”, concluiu Flávio. As informações são do jornal O Globo.

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