Quarta-feira, 23 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2020
Miley Cyrus não tem vergonha de falar sobre sua vida sexual e está se abrindo sobre como mantê-la ativa mesmo durante a pandemia. A cantora de 28 anos se separou de seu namorado Cody Simpson durante o verão e, embora ela não possa estar fisicamente com ninguém novo agora, ela está se divertindo virtualmente.
“Eu faço muito sexo pelo FaceTime – é o sexo mais seguro. Eu não estou correndo risco de ser contaminada pela COVID-19,” disse em uma entrevista para um programa de rádio.
Ela continuou: “Definitivamente, não vou fazer nada que seja irresponsável por mim ou por outras pessoas… é simplesmente ridículo quem não toma as precauções certas para manter um ao outro seguro”. Miley acrescentou que tem sido um “[momento] realmente interessante e desafiador para qualquer tipo de namoro ou para conhecer pessoas”.
Durante a entrevista, Miley respondeu se queria namorar um homem ou uma mulher: “eu amo as pessoas, amo quem amo, tive relacionamentos com todos os gêneros e estou para baixo. No momento, estou com vontade de um pouco de homens, mas estou disposto a qualquer coisa, honestamente.”
Sexo?
Em meio a pandemia do coronavírus, as demonstrações de afeto precisaram mudar pela nossa segurança. Para evitar a Covid-19, abdicamos de abraços e beijos em quem não vive na mesma residência. Mas e o sexo? É possível transmitir o vírus na hora H? Existe um jeito seguro de transar ou isso também está fora de cogitação?
Antes de tudo, cabe ressaltar que a Covid-19 não é encarada como uma infecção sexualmente transmissível (IST). “Até o presente momento, vemos que a transmissão ocorre primordialmente via contato com gotículas respiratórias”, afirma o urologista Giuliano Aita, do Departamento de Sexualidade da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
No entanto, um estudo realizado na China com 38 pacientes identificou o vírus no sêmen, tanto na fase aguda da doença como no período de recuperação. “Só que a gente não sabe se isso é uma forma potencial de infecção”, pondera Aita. Ou seja, mesmo que ele esteja presente nesse líquido, é possível que não consiga usar essa via para infectar outras pessoas de maneira efetiva.
Outros experimentos encontraram o Sars-CoV-2 nas fezes de certas pessoas — o que teria implicações para o sexo anal, por exemplo. Por outro lado, ele ainda não foi encontrado no fluido vaginal. A transmissão ato sexual, portanto, não está totalmente esclarecida. Mas é bom lembrar que o sexo não se resume à penetração ou ao contato com os genitais.
“O risco está muito mais nos beijos na boca e na grande proximidade entre as pessoas durante a relação”, pontua o urologista Henrique Rodrigues, membro da SBU no Rio de Janeiro. A possibilidade de infectar alguém entre quatro paredes não é sinônimo de abstenção. Seguindo certas recomendações, dá para manter a vida sexual ativa na quarentena.
O departamento de saúde da prefeitura de Nova York, nos Estados Unidos, até publicou um guia sobre o tema. O principal recado do documento é de que o seu parceiro mais seguro é você mesmo. Sim, estamos falando da masturbação.
Aliás, o mercado de brinquedos sexuais está em ascensão. “A recomendação é higienizá-los com álcool isopropílico ou água e sabão antes do uso e lavar as mãos por pelo menos 20 segundos antes e depois”, orienta Aita.
O sexo virtual é outra opção. “Temos observado nos comentários das redes sociais e na própria mídia que o número de adeptos aumentou”, comenta Aita. Nesse cenário, não deixe de desinfetar os teclados e telas sensíveis ao toque antes e depois de utilizá-los, principalmente se você compartilha os aparelhos eletrônicos com outros indivíduos.