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Mundo Milhares de russos protestaram contra a vigilância da internet e o bloqueio do Telegram

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Opositor participou de protesto. (Foto: Reprodução)

Milhares de russos, incluindo o principal opositor ao governo de Vladimir Putin, Alexei Navalny, foram às ruas nesta segunda-feira (30) em Moscou contra o aumento da vigilância na internet, após o bloqueio pelas autoridades russas do aplicativo de mensagens instantâneas Telegram.

A manifestação, autorizada pela prefeitura de Moscou, reuniu no centro da capital russa cerca de 8 mil pessoas, segundo estimativas da polícia e dos organizadores, um número relativamente alto para uma concentração da oposição no país.

Em agosto do ano passado, um protesto similar contra as restrições na Internet reuniu apenas mil pessoas em Moscou.

Os manifestantes levantaram cartazes com lemas contra o governo e bandeiras russas, enquanto alguns gritaram “Putin é um ladrão”, ou “não fique em silêncio”, constataram jornalistas da AFP.

“Todo mundo tem o direito de escolher”, disse à AFP Tatiana Filatova, uma mulher aposentada. “Quando vivemos sob regras estritas, a vida fica chata e o céu fica cinza”, acrescentou.

O líder opositor Navalni se dirigiu à multidão e agradeceu ao cofundador do Telegram, Pavel Dourov, por criar este serviço de mensagens criptografadas, apreciado por um grande número de russos.

“Vocês estão preparados para resistir?”, perguntou aos manifestantes que responderam em um uníssono “Sim”, gritando em seguida: “abaixo o czar”.

Há duas semanas, a Rússia bloqueou milhões de endereços IP utilizados para contornar a obstrução ao Telegram, ordenada pela Roskomnadzor, a autoridade de telecomunicações russa, depois que a empresa não respeitou uma decisão judicial de fornecer aos Serviços Especiais (FSB) os códigos para ler as mensagens de seus usuários.

Entre os endereços IP bloqueados, milhares estão vinculados a serviços de “cloud” da Amazon e mais de um milhão ao do Google, de acordo com um porta-voz da Roskomnadzor citado pela agência de notícias Interfax.

Fundado em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolai Durov, criadores da rede social VKontakte, o Telegram conta atualmente com 200 milhões de usuários em todo mundo. Destes, 7% estão na Rússia, segundo Pavel Durov.

Navalny

Nas recentes eleições russas, Alexei Navalny, o principal líder de oposição, foi impedido de concorrer. Segundo ele a condenação judicial foi orquestrada pelo Kremlin. Ele exortou seus partidários a boicotar e monitorar as eleições.

Em fevereiro o político divulgou ter sido brevemente preso pela polícia de Moscou, menos de um mês antes das eleições presidenciais.

“Meu dente doía, fui ao dentista. Quando saí do dentista: bom dia, segunda brigada policial, você está preso”, escreveu ele no Twitter, acrescentando que estava sendo “levado a algum lugar”.

Menos de uma hora depois de anunciar sua detenção, Alexei Navalni afirmou ter sido libertado. “Eles fizeram a proposta de me deixarem em algum lugar. Não quis e eu fui trabalhar. Não entendi o que aconteceu ou porque sete pessoas me prenderam”, disse ele no Twitter.

O opositor, que foi levado para uma delegacia de polícia, afirmou que recebeu uma acusação por “violação repetida” da lei sobre a organização de manifestações, o que poderia custar-lhe 30 dias de detenção.

Em 28 de janeiro, Navalni também foi preso e libertado no mesmo dia, durante uma série de manifestações que convocou em todo o país para denunciar o “golpe” das eleições presidenciais.

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