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Esporte Ministério Público da Suíça confisca novos documentos do presidente da Fifa

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Blatter renunciou quatro dias após ser reeleito (Foto: Julio Cortez/AP)

O MP (Ministério Público) da Suíça confiscou novos documentos eletrônicos do gabinete de Joseph Blatter, presidente da Fifa (entidade máxima do futebol); de seu braço direito, o secretário-geral, Jérôme Valcke; e dos diretores financeiros da federação, em mais uma etapa das operações contra a corrupção na entidade. Os dados foram levados nessa quarta-feira e um novo processo foi aberto pela Procuradoria-Geral da Suíça.

A federação negou que tenha sido alvo de uma operação policial e insiste que foi ela que entregou a informação, ao ser solicitada. A entrega chegou a ser negociada, com a Fifa tendo sido avisada com algumas horas de antecedência, de acordo com a entidade.

Ainda assim, o MP garantiu que o confisco permitiu a abertura de mais um caso penal contra a federação. Um dos focos da operação foi a obtenção de informações sobre as candidaturas para a Copa de 2018, vencida pela Rússia, e a de 2022, pelo Qatar. O MP queria todos os dados técnicos sobre cada um dos participantes, e-mails e documentos envolvendo a direção da entidade.

Operação
Em 27 de maio, a Fifa havia sido alvo de uma operação, no mesmo momento em que sete cartolas eram presos em Zurique (Suíça). Entre eles estava José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Naquele momento, mais de 2 terabites de documentos eletrônicos foram confiscados, no que representaria o equivalente a 150 milhões de laudas de Word (programa de edição de textos). A Fifa, naquele momento, também insistiu que estava colaborando e que a ação era resultado de um caso aberto pela própria entidade. Naquele dia, o assessor de imprensa de Blatter, Walter de Gregório, insistiu que era um “bom dia para a Fifa”.

Os suíços examinaram parte do material inicial e agora buscam novas evidências do que pode ser um caso de lavagem de dinheiro e corrupção, de acordo com o MP. Até novembro do ano passado, a Justiça não tinha permissão para fazer operações na entidade. Mas as leis mudaram diante da pressão da classe política suíça para uma revisão do status e dos privilégios da Fifa no país.

Renúncia
Diante do maior escândalo da história do futebol mundial, Blatter anunciou no dia 2 que deixará a presidência da entidade. O cargo é ocupado por ele há 17 anos. A decisão aconteceu quatro dias após o cartola ser reeleito para um mandato de mais quatro anos, que duraria até 2019.

“Embora os membros da Fifa tenham me reelegido presidente, não pareço estar apoiado pelo mundo do futebol: jogadores, clubes. Vou continuar exercendo a minha função como presidente até um novo presidente ser escolhido”, anunciou Blatter em pronunciamento na sede da federação, em Zurique.

“Eu refleti sobre minha presidência, meus últimos anos. Esses anos foram dedicados à Fifa e a esse belo lugar do futebol. Eu adoro e amo a Fifa mais do que qualquer coisa. E só quero fazer o melhor pela Fifa e pelo futebol. Decidi concorrer de novo [para a última eleição], foi uma eleição apertada. É por isso que vou convocar um congresso extraordinário e colocar minha função à disposição”, afirmou Blatter. As eleições para escolher o novo presidente devem acontecer no dia 16 de dezembro deste ano, segundo a agência de notícias britânica BBC.

Suspensão
O processo de escolha da Copa do Mundo de 2026 foi suspenso. Em coletiva de imprensa na Rússia, nessa quarta-feira, Valcke indicou que “não faria sentido” manter o cronograma. Uma carta será enviada a todas as 209 federações nacionais para explicar os motivos do adiamento do procedimento.

O FBI (polícia federal dos Estados Unidos) investiga a compra de votos para a Copa de 1998, na França; 2010, na África do Sul; 2018 e 2022, na Rússia e no Qatar, respectivamente. Além disso, quer saber detalhes dos contratos entre a Fifa e cartolas brasileiros para o Mundial de 2014, no Brasil.

Para 2026, a entidade havia estabelecido que uma decisão sobre a sede seria votada em 2017. O processo de avaliação de candidatos e exames técnicos começaria nos próximos meses. Canadá, México e Estados Unidos eram cotados como possíveis candidatos. Blatter afirmou que a concorrência seria aberta “a todo o mundo”.

Nos bastidores, a guerra pelo poder tem sido intensa e vários dirigentes presos são da América do Norte, favorita para ter a Copa de 2026. Um dos principais promotores da ideia do evento na região era Jeff Webb, ex-presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe, detido em Zurique. (AE e Folhapress)

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/ministerio-publico-da-suica-confisca-novos-documentos-do-presidente-da-fifa/ Ministério Público da Suíça confisca novos documentos do presidente da Fifa 2015-06-11
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