Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2020
Ronaldinho e Assis estão desde março no Paraguai.
Foto: Reprodução/TwitterO Ministério Público do Paraguai concluiu as investigações sobre o “Caso Ronaldinho” e decidiu que não vai apresentar nenhuma nova denúncia contra o ex-jogador e seu irmão, Roberto de Assis. Eles estão presos em Assunção desde 6 de março.
No documento em que detalha os motivos de terem tomado essa decisão, os promotores do caso afirmam que Roberto de Assis sabia que os passaportes usados por ele e o irmão eram falsos.
Os promotores afirmam ainda que não encontraram indício de que Ronaldinho “tenha participado do planejamento da obtenção dos documentos irregulares”, mas ressaltam que esse fato “de maneira alguma o exime da responsabilidade de ter domínio e decisão do uso de instrumentos que são de aspecto pessoal”.
O Ministério Público paraguaio permite a volta dos dois ao Brasil e sugere penas que precisam da apreciação do juiz Gustavo Amarilla, que precisará ratificar ou mesmo incluir outras obrigações.
Ronaldinho terá de fixar domicílio no Brasil durante um ano, com possibilidade de deixar o País desde que informe o período.
Ele também terá que comparecer a um juiz federal trimestralmente durante dois anos e pagar 90 mil dólares como reparo por dano social, além de não ficar fichado no país.
Já o irmão de Ronaldinho, Assis, ficará com antecedente criminal e não poderá deixar o Brasil por dois anos, salvo se autorizado judicialmente. Ele também precisará comparecer a um juiz federal trimestralmente durante dois anos. O reparo dele será de 110 mil dólares.
Entenda o caso
Ronaldinho e Assis foram presos preventivamente no dia 6 de março a pedido do Ministério Público do Paraguai, para impedi-los de deixar o país, sob alegação de uso de documentos adulterados (passaportes e cédulas de identidade paraguaias).
Os dois foram levados para a Agrupación Especializada, um centro de detenção para presos de menor periculosidade, nos arredores de Assunção. A pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, ainda em estágio inicial na ocasião, atrasou todo o processo, e os irmãos permaneceram um mês na cadeia, até conseguir a mudança do regime para prisão domiciliar. Desde então, Ronaldinho e Assis estão detidos em um hotel no centro de Assunção, aguardando o desenrolar do processo.
Los fiscales Marcelo Pecci, Alicia Sapriza, Federico Delfino y Osmar Legal presentaron requerimiento conclusivo en el caso #Ronaldinho, con suspensión a prueba de la ejecución de la condena. https://t.co/MYgDzxixdL pic.twitter.com/zTAJDdjyUA
— Fiscalía Paraguay (@MinPublicoPy) August 7, 2020