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Brasil Ministério Público investiga se o ex-deputado da mala foi privilegiado ao receber tornozeleira eletrônica

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Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi filmado pela Polícia Federal carregando R$ 500 mil. (Foto: Reprodução)

O MP (Ministério Público) Estadual de Goiás instaurou um inquérito para apurar se o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi privilegiado ao receber uma tornozeleira eletrônica do Estado. O equipamento foi cedido pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás no último sábado (01), em Goiânia.

O promotor Fernando Krebs afirma que quer saber de onde veio a ordem para que o equipamento fosse liberado, por isso abriu o procedimento. Segundo ele, faltam equipamentos para atender todos os detentos do Estado que deveriam ser colocados em liberdade. “Nós estamos instaurando inquérito civil para apurar porque esse preso foi beneficiado enquanto para os nossos faltam tornozeleiras. Se estivesse sobrando tornozeleira até se admitiria, um pedido de socorro, entregar. O problema é que está faltando aqui”, disse em entrevista.

Rocha Loures estava preso desde o dia 3 de junho, quando foi flagrado pela PF recebendo uma mala, em São Paulo, com R$ 500 mil que, segundo delatores da JBS, eram dinheiro de propina. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin mandou soltá-lo, mediante o monitoramento, mas a Polícia Federal disse não ter o dispositivo disponível, por isso, a tornozeleira foi cedida por Goiás.

O Ministério Público Federal em Goiás informou, por meio de nota, que também “instaurou procedimento para apurar os fatos que levaram o custodiado Rodrigo Rocha Loures a receber tornozeleira eletrônica, possivelmente desrespeitando lista de espera”. Ainda conforme o texto, “foram expedidos ofícios à PF em Brasília e à Secretaria de Segurança Pública de Goiás para que respondam, em DEZ dias, sobre o suposto déficit do equipamento citado e, se realmente há a lista de espera, qual a fundamentação para que o ex-deputado o tenha recebido de imediato”.

A Superintendência Executiva de Administração Penitenciária disse também, por meio de nota, que “Goiás e DF trabalham em parceria em diversas circunstâncias e, sempre que é preciso, cooperam entre si”. O promotor Marcelo Celestino, responsável pelos assuntos relacionados à segurança pública, também acredita que o ex-deputado foi beneficiado ao receber o equipamento. Segundo ele, 18 comarcas de Goiás têm pedidos de tornozeleiras à Secretaria da Segurança.

“Ele [Loures] deveria aguardar na prisão, enquanto o Distrito Federal ou a União tiver essa disponibilidade para atender todas aquelas demandas em uma ordem cronológica, sem ter nenhum tratamento desigual”, afirmou.

Na decisão que mandou soltar Rocha Loures, o ministro Edson Fachin considerou que não há risco de “reiteração delitiva” por parte do ex-deputado “em face do transcurso de lapso temporal e das alterações no panorama processual”. Fachin também levou em conta decisão da Primeira Turma do STF que substituiu a prisão preventiva de familiares do senador Aécio Neves (PSDB-MG) por medidas alternativas. (AG)

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