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Política Ministro do Supremo Alexandre de Moraes suspende ex-genro de Roberto Jefferson da presidência do PTB por 180 dias

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Marcus Vinicius e Roberto Jefferson serão ouvidos pela Polícia Federal em 15 dias.

Foto: Alerj/Divulgação
Marcus Vinicius e Roberto Jefferson serão ouvidos pela Polícia Federal em 15 dias. (Foto: Alerj/Divulgação)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta terça-feira (29), a suspensão de Marcus Vinicius de Vasconcelos Ferreira da presidência do PTB por pelo menos 180 dias. Ferreira é aliado de Roberto Jefferson, ex-presidente do partido e ex-deputado federal.

O ministro alegou ter recebido denúncias de que Roberto Jefferson ainda estaria interferindo nas decisões do partido. Os dois serão ouvidos pela Polícia Federal (PF) em 15 dias. Marcus Vinícius, que é ex-genro de Jefferson, afirmou que ainda não foi notificado, mas que irá se reunir com advogados para recorrer da decisão.

“A documentação juntada aos autos indica a possibilidade de manutenção da utilização de parte do montante devido ao fundo partidário do PTB para financiar, indevidamente, a disseminação de seus ataques às instituições democráticas e à própria Democracia, em continuidade às condutas ilícitas perpetradas por Roberto Jefferson Monteiro Francisco”, disse Moraes.

Jefferson foi preso por ordem de Moraes em 2021 e, em novembro, foi afastado da presidência do PTB e de qualquer tipo de atividade partidária. Na decisão desta terça (29), o ministro afirma que documentos anexados ao processo indicam possibilidade de manutenção da utilização de parte do montante devido ao fundo partidário do PTB para financiar a disseminação de ataques às instituições democráticas, em continuidade às condutas ilícitas realizadas por Roberto Jefferson.

As denúncias foram feitas por dois deputados estaduais, um de Sergipe, e outro de Roraima. Segundo o ministro, o material indica a “existência de uma rede de intimidação criada por Roberto Jefferson que, valendo-se de ameaças, tem o objetivo de assegurar o controle da agremiação política, às vésperas da eleição, em desrespeito à ordem emanada desta Suprema Corte”.

Mensagens de integrantes da legenda, enviados via WhatsApp, também evidenciam, para Moraes, que Roberto Jefferson segue no comando do PTB.

Esquema de rachadinha

Não bastasse a confusão na presidência do PTB, o movimento para que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, se filie no PTB causou um racha na legenda, com direto a ameaças de deputados de deixarem o partido. A filiação, prevista para sábado passado, subiu no telhado depois que dirigentes do PTB se colocaram contra a entrada do policial militar aposentado na legenda.

O diretório estadual do Rio de Janeiro também é contra ter Queiroz entre seus quadros, assim como o então presidente nacional do PTB, Marcos Vinicius, que agora está suspenso, o vice-presidente da região sudeste, Octávio Fakhoury, entre outros.

A avaliação de membros da cúpula do partido é que a entrada de Queiroz, apontado como operador do esquema de rachadinha, só traria desgastes. A cúpula defende que o ex-PM vá para o PL ou uma legenda que tem o apoio do presidente e de seus familiares.

“O PTB apoia Bolsonaro, mas o Bolsonaro seus familiares não apoiam o PTB”, disse um dirigente do alto escalão da sigla. A filiação de Queiroz no PTB passou a ser defendida por Michel Winter à Ana Lucia Jefferson, esposa do fundador da sigla, Roberto Jefferson. Ela é vice-presidente do partido.

Winter, que se apresenta como especialista em marketing digital, foi uma das lideranças que apoiaram Bolsonaro em Minas Gerais nas eleições de 2018. Em 2019, o então ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, que é mineiro, bateu boca com Winter e ameaçou lhe dar um soco depois de ser chamado de “bosta” por ele. O clima segue quente no PTB nacional.

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