Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2017
Durante a abertura oficial da sede paulistana do IMS (Instituto Moreira Salles ), na manhã desta terça-feira (19), o ministro da Cultura, Sergio Sá Leitão, ressaltou a importância do centro cultural em um momento que o setor artístico tem sofrido “ataques à liberdade de expressão”. O ministro qualifica os recentes episódios que levaram ao fechamento da exposição “Queermuseu”, à apreensão de uma obra no Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande e à liminar na Justiça que tentou cancelar uma peça de teatro em Jundiaí (SP) como expressões de uma interpretação “medíocre e lamentável” das artes.
Leitão ponderou, durante entrevista à imprensa presente ao evento, que os protestos que ocorreram contra a mostra “Queermuseu” são próprios da democracia. Entretanto, quando manifestações artísticas são impedidas de acontecer, isso pode culminar em um “caminho rumo às trevas”. Os impedimentos, segundo o ministro, poderiam ser evitados com um projeto de lei que implantasse uma classificação indicativa também para exposições, como acontece no cinema.
Atualmente, a Constituição prevê que exposições sejam sujeitas à autoclassificação, ou seja, cabe à curadoria, artistas e responsáveis de museus definir a classificação indicativa em função às obras ali presentes.
Para Leitão – que define as obras apresentadas na exposição “Queermuseu” como “fortes e contundentes” –, considerações deveriam ser feitas aos proponentes dos projetos apresentados à Lei Rouanet quando trabalhos que possam “gerar qualquer tipo de reação” forem identificados.
Além do representante da pasta, o evento no IMS teve a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e do secretário da Cultura, André Sturm, que representou o prefeito João Doria (PSDB)..