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Economia Ministro da Economia diz que vai acabar com o IPI: “Está destruindo o Brasil há 40 anos”

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Desenvolvimento Regional aparece em primeiro lugar na lista, com o maior bloqueio de verba: R$ 1,2 bilhão. (Foto: Divulgação)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que não quer a “chinesada” entrando no País para quebrar a indústria nacional. Segundo Guedes, o plano da equipe econômica é acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para tornar o setor mais competitivo. As declarações foram feitas nesta sexta (26), durante evento da Cotrijal, em Passo Fundo (RS).

“Não queremos a ‘chinesada’ entrando aqui quebrando nossas fábricas. Queremos uma coisa moderada. Baixei o IPI em 35%. Vamos acabar com o IPI. O IPI é um imposto de desindustrialização em massa. Está destruindo o Brasil há 40 anos. É ridículo, é patético, está errado. É um imposto pago antes de ter renda”, disse.

Em outro evento na capital gaúcha o ministro declarou que a cobrança do tributo desestimula os investimentos produtivos, contribuindo para a “desindustrialização” do país.

“Temos que zerar o IPI”, declarou o ministro após destacar que o governo federal já conseguiu reduzir em até 35% o valor do imposto cobrado da maioria dos produtos fabricados no país, à exceção de parte dos fabricados na Zona Franca de Manaus.

“É um bom começo. E assim a gente segue e vê o que vai acontecer ali na frente. [Cortando] mais 35%, faltarão apenas 30% [para o zerarmos]. E, aí sim, dá para abaixar mais a tarifa do Mercosul e outras”, acrescentou o ministro, assegurando que a intenção do governo federal é baixar impostos de forma “muito gradual”.

“O Brasil já foi a economia mais dinâmica do mundo, crescia a 7,3% em média, ao longo de duas, três décadas […] Trazíamos gente do mundo inteiro, crescíamos rapidamente, e não tínhamos um Ministério do Planejamento. Quando o criamos, começamos a descer”, disse o ministro ao se referir ao que classificou como o “desmonte da economia brasileira” e criticar o “planejamento central”.

“Rejeitamos o modelo estatista-dirigista”, acrescentou Guedes para justificar sua crítica. “O ministro do Planejamento que for planejar o futuro do Brasil é um farsante. Ninguém tem este conhecimento. A democracia é um algoritmo de decisão política descentralizada. E os mercados são algoritmos de decisão econômica descentralizados.

Ou seja, quem conhece o futuro dos semicondutores são as pessoas que estão os produzindo. Eles têm melhores condições de planejar o futuro do que nós. Tudo o que podemos fazer é oferecer um bom ambiente de negócios e condições atraentes”, comentou o ministro antes de admitir não ter conseguido realizar tudo aquilo que pretendia fazer à frente do Ministério da Economia.

“Quando chegamos, nosso diagnóstico era o seguinte: temos que controlar os gastos e reverter o modelo [estatista]. No primeiro ano, fizemos a Reforma da Previdência, mas não conseguimos fazer o que queríamos. Fizemos 60% do que queríamos. Porque queríamos um regime de capitalização”, completou Guedes.

Baile funk

Para Guedes, os Estados Unidos e a Europa passam por dificuldades depois da pandemia ter quebrado as cadeias logísticas do países. O Brasil se encontraria na situação oposta, aparecendo “sóbrio” no fim da festa da globalização.
“O Brasil está voltando da clínica de reabilitação quando está acabando o baile funk, [são] 3 da manhã, todo mundo [está] bêbado e a polícia chegou”, disse. “O mundo está nessa situação depois de 20, 30 anos de ganhos da globalização, agora começa o refluxo”, argumentou o ministro.

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https://www.osul.com.br/ministro-da-economia-diz-que-vai-acabar-com-o-imposto-sobre-produtos-industrializados-esta-destruindo-o-brasil-ha-40-anos/ Ministro da Economia diz que vai acabar com o IPI: “Está destruindo o Brasil há 40 anos” 2022-08-26
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