Domingo, 21 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2019
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, classificou como “infâmia” contra o imperador Dom Pedro II a proclamação da República, que completa nesta sexta-feira (15) 130 anos. A declaração foi feita no Twitter no início da manhã. Em uma publicação acompanhada de uma foto do monarca, deposto pela insurgência republicana de 1889, Weintraub ponderou que não defende a volta da monarquia, mas sugeriu que não há o que ser comemorado no feriado.
Não estou defendendo que voltemos à Monarquia mas…O que diabos estamos comemorando hoje? Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História (Não estou restringindo a afirmação ao Brasil). pic.twitter.com/dQ3gfsOqLF
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 15, 2019
Para o ministro, o golpe republicano derrubou “um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História”. O então imperador morreria dois anos depois no exílio, em Paris.
Mais tarde, ainda na manhã desta sexta-feira, Weintraub ironizou o feriado da proclamação da República e disse que a melhor forma de comemorar, entre aspas, o “primeiro golpe do Brasil” seria trabalhando. O ministro publicou uma foto onde despacha ao lado de colegas de Esplanada, como o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e da Cidadania, Osmar Terra.
As críticas à instauração do regime republicano ocorrem em meio às controvérsias envolvendo o aliado e deputado federal Luís Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), descendente de Pedro II que assume o título de “príncipe” na linhagem da antiga família real brasileira. Ele se tornou o pivô de uma troca de farpas entre bolsonaristas e o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSDB), em torno de um suposto dossiê que teria levado Jair Bolsonaro a desistir de indicar Luís Philippe como seu vice na corrida presidencial.
Em outra publicação no Twitter, Weintraub alfinetou o movimento feminista ao exaltar duas figuras da então família real, princesa Isabel e Maria Leopoldina, por terem, respectivamente, assinado a Lei Áurea, que aboliu a escravatura no Brasil em 1888, e a declaração formal de independência do país de Portugal em 1822. As informações são do jornal O Globo.