Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2020
Em abril, Weintraub fez uma publicação na internet em que insinua que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise provocada pelo novo coronavírus
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO ministro da Educação, Abraham Weintraub, negou nesta quarta-feira (29) que seja racista. Ele é alvo de um inquérito autorizado pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), para apurar o crime.
Em abril, Weintraub fez uma publicação na internet em que insinua que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise provocada pelo novo coronavírus. A Embaixada da China no Brasil exigiu um pedido de desculpas.
Nesta quarta-feira, em uma entrevista ao canal da professora Paula Marisa, apoiadora bolsonarista, o ministro afirmou fez amigos chineses em um MBA no exterior.
“Eu fui o único ocidental que eu fiquei tão próximo deles, tão amigo, que eles fizeram uma homenagem. O Abraham é tão legal que a gente vai dar um nome em mandarim e eles se reuniram e escolheram”, afirmou, mostrando um carimbo que ganhou de presente com seu nome no alfabeto do país.
“Eu fui verificar se não estava escrito ‘babaca de óculos’ porque eu bagunçava muito com eles, mais do que Cebolinha”, disse, em referência justamente ao tuíte que lhe rendeu o inquérito sobre racismo.
A insinuação foi feita trocando a letra R pelo L, na linguagem característica do personagem Cebolinha da Turma da Mônica – considerada também uma forma jocosa de se referir à dificuldades dos chineses em reproduzir a fonética de idiomas ocidentais. Na transmissão de quarta-feira Weintraub também disse que seu histórico familiar é uma mistura de gente “escura e clara”. “Minha pele é muito escura”, disse.