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Política Ministro da Educação publica postagem com insinuações contra a China, depois apaga e embaixada repudia

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Ministro da Educação ridicularizou sotaque e sugeriu que a China, de propósito, pode se fortalecer com a crise do coronavírus

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Ministro da Educação solicitou uma complementação de R$ 6,9 bilhões ao limite previsto para 2021. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou uma postagem no Twitter no fim de semana com insinuações de que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus. Depois, ele apagou o texto. A embaixada chinesa no Brasil, também na rede social, divulgou uma resposta repudiando a fala do ministro.

O texto do ministro imitava a fala do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que, ao falar, troca a letra “R” pela “L”. O ministrou ridicularizou o fato de alguns chineses, quando falam português, efetuarem a mesma troca de letras.

Na postagem, o ministro insinuou que a China vai sair “relativamente fortalecida” da crise do coronavírus e que isso condiz com os planos do país de “dominar o mundo”. Disse ainda que haveria, no Brasil, parceiros dos chineses nesse objetivo.

Em resposta, a embaixada da China no Brasil afirmou que Weintraub fez declarações “absurdas”, “desprezíveis” e de “cunho racista”. “Deliberadamente elaboradas, tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”, afirmou a embaixada.

A representação diplomática disse ainda que o ministro tenta “estigmatizar” a China “ao associar a origem da covid-19 [doença causada pelo coronavírus] ao país. O primeiro epicentro do coronavírus foi a cidade de Wuhan, na China.

“Atualmente, a pandemia da Covid-19 está se espalhando globalmente, trazendo um desafio que nenhum país consegue enfrentar sozinho”, continuou a embaixada. “A maior urgência neste momento é unir todos os países numa proativa cooperação internacional para acabar com a pandemia com a maior brevidade”, completou.

A embaixada concluiu a resposta cobrando que aqueles que tenham ofendido a China “corrijam” os erros. “Instamos que alguns indivíduos do Brasil corrijam imediatamente os seus erros cometidos e parem com acusações infundadas contra a China”.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo. Grande parte das exportações brasileiras vai para o país asiático. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores o comércio bilateral entre os dois países movimentou US$ 98 bilhões em 2019.

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