Brasil Ministro da Fazenda diz que Brasil deve rever gastos e número de ministérios

Depois da viagem à Espanha, Levy segue para Paris (Foto: Francisco Stuckert/AE)

Em um encontro com empresários espanhóis, na manhã desta segunda-feira (07), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o governo considera ajustes na economia, incluindo a revisão de gastos e do número de ministérios. Na Espanha, onde a austeridade faz parte do debate político desta década, Levy elogiou a “energia” e a “responsabilidade” do governo de Madri em tomar medidas corretivas.

À plateia, indicou que o Brasil seguirá um caminho semelhante e que “é um país de segurança jurídica”, onde contratos são mantidos, apesar das crises. Para além da austeridade (que “não existe por si só”), Levy defendeu outras medidas, como o desenvolvimento da infraestrutura do País. Ele citou também impostos indiretos e a simplificação na aquisição de crédito. Em visita de um dia ao país, Levy tenta tranquilizar um público que acompanha de perto as contas brasileiras – o Brasil é hoje o segundo principal destino dos investimentos diretos espanhóis.

O ministro afirmou que, no caso de austeridade, os “custos costumam vir antes dos benefícios”. Entre os presentes na fala de Levy, estavam representantes de empresas como Santander e Telefônica, com importante participação no Brasil. “As empresas espanholas transmitem ao redor do mundo a confiança na economia brasileira”, afirmou Levy, ao lado de Luis de Guindos, ministro espanhol da Economia. “A recuperação é uma questão de meses.”

O ministro se reúne com empresários durante o dia e, à tarde, viaja para Paris (França), onde dá continuidade à sua agenda. Questionado por repórteres se deixará o governo, Levy brincou, antes de deixar o evento: “Estou saindo”. Mas ele se referia a deixar o local de sua palestra, e não a pasta. “Tenho uma reunião agora.”

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