Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2021
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, na sexta-feira (4), a chegada das primeiras doses da vacina contra a covid-19 da Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, para o mês de junho. Segundo a previsão inicial do contrato firmado com a empresa, as primeiras unidades do imunizante só chegariam em julho ao país. A vacina da Janssen requer a aplicação só de uma dose, ao contrário da maioria das vacinas sendo aplicadas atualmente contra a covid, que exigem duas doses.
“Hoje mesmo, fechamos com a Janssen para trazer mais 3 milhões de doses que serão aplicadas agora no mês de junho”, disse o ministro, sem especificar se estas doses fazem parte de um novo contrato ou se são fruto de uma antecipação da entrega de unidades já contratadas pela pasta.
As informações foram dadas pelo ministro da Saúde em entrevista ao CB.Poder, programa realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília.
Em março, o Ministério da Saúde assinou um contrato com a empresa farmacêutica da Johnson & Johnson para a compra de 38 milhões de doses. A Janssen, no entanto, só previa o envio das primeiras doses entre julho e setembro.
Dose única
A vacina, que se baseia na tecnologia de vetor viral não replicante, teve eficácia comprovada de 66% nos testes clínicos e é a única disponível até o momento que prevê apenas uma dose para imunização completa.
Queiroga reforçou que a pasta da Saúde tem trabalhado para antecipar a chegada das doses de vacinas já contratadas pelo governo federal. “A função que o presidente (Jair Bolsonaro) me deu foi de acelerar a campanha nacional de imunização”, disse.
Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chegou na sexta-feira (4) a 50,9 milhões de doses de vacinas contra covid-19 entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A soma foi atingida com a liberação de mais 3,3 milhões de doses do imunizante Oxford/AstraZeneca.
O número total de entregas inclui 46,9 milhões de doses que foram produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e 4 milhões de vacinas importadas prontas do Instituto Serum, da Índia. No segundo caso, a Fiocruz também negociou o envio das doses e realizou a checagem e rotulagem em português dos frascos recebidos.
A fundação anunciou que, a partir da semana que vem, as doses voltarão a ser entregues em duas remessas: na sexta, o estado do Rio de Janeiro receberá sua parcela de doses, e, no sábado, sairá o carregamento para o almoxarifado central do Ministério da Saúde, em São Paulo, de onde as doses são distribuídas para os demais estados e o Distrito Federal. Segundo a Fiocruz, a mudança se deu por um pedido da Coordenação de Logística do Ministério da Saúde.
As doses produzidas em Bio-Manguinhos são fabricadas a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China, como previu o acordo de encomenda tecnológica assinado com a AstraZeneca no ano passado. O último carregamento recebido pela Fiocruz, em 22 de maio, garante as entregas até o início de julho, quando o total produzido e liberado deve chegar a cerca de 62 milhões de doses.
Mais quatro carregamentos de IFA estão previstos para chegar entre junho e julho, garantindo a produção de 100,4 milhões de doses.
A Fiocruz também trabalha para produzir o IFA no Brasil, o que já está garantido com a assinatura do acordo de transferência de tecnologia assinado com a AstraZeneca. Já chegaram ao país os primeiros bancos de células e de vírus que permitirão essa produção, e Bio-Manguinhos prevê iniciar neste mês a fabricação dos primeiros lotes de pré-validação e validação. A vacina produzida com IFA nacional, porém, só deve chegar aos postos de vacinação em outubro. As informações são do jornal Correio Braziliense e da Agência Brasil.