Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2020
O ministro fez essa afirmação após ser novamente questionado a respeito do distanciamento social
Foto: José Dias/PRO ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que o número de mortes não será o critério para que a pasta defina as políticas adotadas no combate à Covid-19. Ele disse que “ninguém está pensando em relaxar o isolamento, estamos criando uma diretriz”.
O ministro fez essa afirmação após ser novamente questionado a respeito do distanciamento social, uma vez que a defesa pública do presidente Jair Bolsonaro é pela flexibilização. Ele argumentou que o ministério não está propondo isso, mas sim uma orientação para os estados e municípios que desejarem adotar a medida.
“O número de mortes adicional é muito triste, mas não é porque eu tenho essa alteração no número de mortes que a política vai mudar”, disse. “Neste momento, ninguém está pensando em flexibilizar nada. Só estamos criando um projeto e uma diretriz”.
Na última quinta-feira (30), o Ministério da Saúde informou que o Brasil chegou a 85.380 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 7.218 casos registrados apenas nas últimas 24 horas. Com a nova marca, o País tem mais diagnósticos da Covid-19 que a China, epicentro da atual pandemia. Foram confirmadas 435 mortes em todo o país, elevando o total de vítimas fatais para 5.901.
Questionado sobre um estudo do Imperial College London, que disse que o Brasil tem a maior taxa de contágio da Covid-19 no mundo, o ministro admitiu a estimativa dos pesquisadores britânicos, de que o País pode ter um patamar de 1.000 novas mortes registradas todos os dias.
“A gente está hoje perto de 500 mortes, 435. O número de 1.000, se a gente estiver em um crescimento significativo, é um número que é possível acontecer. Isso não quer dizer que vai acontecer. A gente tem que acompanhar o que está acontecendo todo os dias para tomar as decisões”, disse.