Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2025
Mauro Vieira e Marco Rubio se reuniram na Casa Branca
Foto: Divulgação/ItamaratyEm declaração conjunta, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o representante de Comércio norte-americano, Jamieson Greer, informaram que “mantiveram conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento”.
Vieira e as autoridades norte-americanas se reuniram na Casa Branca, em Washington, na quinta-feira (16), com foco principal nas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
O comunicado diz ainda que as autoridades estão empenhadas em marcar uma reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. “O secretário Rubio, o embaixador Greer e o ministro Mauro Vieira concordaram em colaborar e conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, além de estabelecer uma rota de trabalho conjunto. Ambas as partes também concordaram em trabalhar conjuntamente pela realização de reunião entre o presidente Trump e o presidente Lula na primeira oportunidade possível”, diz a nota, divulgada em português e inglês.
Não foi divulgada data ou local do encontro entre os presidentes. Inicialmente, a expectativa era de que a reunião pudesse ocorrer durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático, na Malásia, no fim de outubro.
No entanto, conforme informou o chanceler brasileiro em entrevista a jornalistas, as agendas dos presidentes devem determinar o momento mais adequado para a reunião.
O encontro entre Vieira e Rubio marca a retomada do diálogo entre os dois países após meses de tensão diplomática. As relações entre Brasil e Estados Unidos atravessam um período de instabilidade desde que o governo Trump decidiu impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a uma suposta “politização” do Judiciário brasileiro e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Além do tarifaço, Washington também aplicou sanções financeiras e consulares a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. As ações foram vistas em Brasília como retaliação política.