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Geral Ministro de João Figueiredo confirma que o último presidente militar vetou um novo golpe em 1984 no Brasil

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O presidente João Figueiredo foi um dos homens poderosos do período em que os militares governaram o país. (Foto: Divulgação)

A Record lança neste mês “Me Esqueçam: Figueiredo – a biografia de uma Presidência”, em que o pesquisador Bernardo Pasqualette reconstitui os seis anos do governo de João Figueiredo, os últimos da ditadura.

Em entrevista para o livro, o ex-ministro da Marinha Alfredo Karam confirmou ter ocorrido uma reunião em que foi feita a Figueiredo a proposta de uma “virada de mesa”, no estilo de 1964, que impedisse a vitória de Tancredo Neves. Karam não revelou quem foi o autor da proposta, mas contou como Figueiredo respondeu ao ouvir a ideia: “Virar a mesa só comigo deposto ou morto”.

Homens poderosos

O presidente João Figueiredo foi um dos homens poderosos do período em que os militares governaram o país e um dos articuladores do golpe que derrubou João Goulart, em 1964. No final dos anos 1960, comandou a Força Pública de São Paulo, corporação substituída pela Polícia Militar do estado. Depois, tornou-se chefe do Estado-Maior do III Exército em Porto Alegre, então subordinado ao general Emílio Garrastazu Médici, que em 1969, quando assumiu o poder, nomeou Figueiredo para a chefia do Gabinete Militar. No governo Ernesto Geisel, era o todo-poderoso chefe do Serviço Nacional de Informações, o SNI. Sucedeu Geisel e ficou no poder até 1985, cumprindo o mais longo mandato presidencial da República.

João Batista de Oliveira Figueiredo nasceu em 15 de janeiro de 1918, no bairro imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, filho de Valentina Silva de Oliveira Figueiredo e Euclydes de Oliveira Figueiredo. Seu pai foi ferrenho opositor da Revolução de 30 e Getúlio Vargas e um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo. Derrotado no conflito e exilado, durante o Estado Novo chegou a ser preso. Com o fim da ditadura, seu pai foi eleito deputado constituinte em 1946 pela UDN.

Figueiredo chegou à Presidência em meio a uma grave crise econômica, deflagrada pela crise mundial do petróleo. Encontrou uma inflação de 77% ao ano e deixou o poder com o índice em 223%. Sua gestão foi marcada pelo descontrole econômico, e a dívida externa com o Fundo Monetário Internacional (FMI) cresceu muito. Para reduzir o consumo de petróleo importado, os programas de energia alternativa receberam investimentos, como o Proálcool, e desde então os carros a álcool tornaram-se comuns no país. Quando deixou o poder, disse: “Me esqueçam. Digam que eu morri, que eu enfartei.”

João Figueiredo morreu em casa, ao lado da mulher, dona Dulce, no dia 24 de dezembro de 1999, de insuficiência renal crônica, e deixou dois filhos, Paulo Renato e João Batista Filho. As informações são da revista Época e do jornal O Globo.

 

 

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https://www.osul.com.br/ministro-de-joao-figueiredo-confirma-que-o-ultimo-presidente-militar-vetou-um-novo-golpe-em-1984-no-brasil/ Ministro de João Figueiredo confirma que o último presidente militar vetou um novo golpe em 1984 no Brasil 2020-11-07
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