Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de junho de 2019
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, recebeu, nesta sexta-feira (28), a honraria máxima do estado de São Paulo, a Medalha da Ordem do Ipiranga, no grau Grã-Cruz. Durante a cerimônia, o governador João Doria destacou a cooperação do ministro na transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para presídios federais, ocorrida em fevereiro.
“Essa parceria permitiu que ao 34º dia de sua função como ministro e eu como governador de São Paulo que colocássemos 22 chefes do PCC em presídios federais. Nenhuma notícia vazou, nenhuma informação foi compartilhada em sites”, lembrou Doria.
O governador acrescentou que a homenagem é também um reconhecimento aos serviços prestados por Moro como juiz da Operação Lava Jato. “Se não fosse este homem, liderando um grupo de patriotas, como juízes, desembargadores e promotores, não teríamos a Lava Jato”, afirmou.
Sergio Moro afirma que não reconhece a autenticidade dos diálogos envolvendo o procurador Deltan Dallagnol, e diz que as conversas podem ter sido “editadas e manipuladas” por meio de ataques de hackers. Para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as mensagens são indícios de suspeição do ex-magistrado.
Moro agradeceu a honraria e referiu-se à cerimônia como uma manifestação de apoio. Ele disse que, desde o início da Lava Jato, enfrenta ataques. “Mais recentemente, ataques recorrentes de invasões criminosas, que estão sendo investigadas. A Polícia Federal deve chegar aos responsáveis”, disse. O ministro salientou ainda que tem recebido muitas manifestações de apoio: “Hoje, inclusive, é uma delas, embora tenha também outro objeto”.