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Brasil Ministro do Supremo tira do juiz Sérgio Moro a investigação sobre um irmão de Lula

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Fachin decidiu que o material deve ser encaminhado à Justiça Federal de São Paulo. (Foto: Nelson Jr./STF)

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), reconsiderou sua decisão de enviar ao juiz Sérgio Moro as citações de delatores da Odebrecht a pagamentos ao irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Frei Chico. Em resposta a um agravo regimental proposto pela defesa de Lula, Fachin decidiu que o material deve ser encaminhado à Justiça Federal de São Paulo.

José Ferreira da Silva, nome de Frei Chico, é o irmão mais velho de Lula. Os delatores Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, e Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, que chefiou o chamado departamento de propinas da empreiteira, disseram à PGR (Procuradoria-Geral da República) que Frei Chico recebia uma espécie de mesada.

Segundo Alencar, antes de Lula chegar ao poder, Frei Chico recebia para fazer a interlocução da Odebrecht com sindicatos. Depois que o petista assumiu o Planalto, para não criar embaraços para a empreiteira nem expor a relação, a Odebrecht passou a pagar “mesadas” ao irmão do então presidente, sem que ele prestasse serviço algum à empresa.

O delator declarou à PGR que os valores pagos a Frei Chico eram autorizados por Emílio Odebrecht, dono da companhia, e variaram de 3.000 reais a 5.000 reais mensais ao longo dos treze anos em que Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff ocuparam a Presidência. O irmão do petista era tratado nas planilhas da propina da Odebrecht pelo codinome “Metralha”.

“Narram os executivos que os pagamentos eram efetuados em dinheiro e contavam com a ciência do ex-presidente, noticiando-se, ainda, que esse contexto pode ser enquadrado na mesma relação espúria de troca de favores que se estabeleceu entre agentes públicos e empresários”, diz a petição enviada por Edson Fachin à Justiça Federal do Paraná à época do desmembramento dos casos relacionados à delação dos executivos da empreiteira baiana.

Para o ministro do STF, após o recurso da defesa de Lula e a análise dos depoimentos, não foi possível constatar a “relação dos fatos com a operação de repercussão nacional que tramita perante a Seção Judiciária do Paraná”.

“À luz dessas considerações, nos termos do art. 317, § 2º, do RISTF, determino a remessa de cópia dos termos de depoimento dos colaboradores Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho (Termo de Depoimento n. 9) e Alexandrino de Salles Ramos Alencar (Termo de Depoimento n. 17), e documentos apresentados, à Seção Judiciária de São Paulo”, conclui o relator da Lava-Jato no STF.

Na época em que Lula era presidente da República, Frei Chico clamava por liberdade. “Tenho a sensação de viver pior que na época da ditadura. Você não pode sequer comprar um carro melhorzinho, reformar a casa ou viajar, que logo as pessoas vão falar: ‘Tá vendo, ele é irmão do Lula’”, diz ele, que nunca vestiu uma batina e assumiu como apelido o codinome dos tempos de militante comunista.

Revoltado, Frei Chico continuou o discurso: “O problema que ninguém sabe é que, no meu caso, junto veio um carnê de 48 prestações de 800 pratas.” O carro melhorzinho era um Honda Civic, câmbio automático, ano 2005. “Se a filha do Fernando Henrique Cardoso, que recebia salário de mais de 7 mil reais do Senado sem aparecer no trabalho, fosse de nossa família, a desgraça estava feita”, criticou Frei Chico na ocasião.

José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: AE)

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https://www.osul.com.br/ministro-supremo-tira-juiz-sergio-moro-investigacao-sobre-um-irmao-de-lula/ Ministro do Supremo tira do juiz Sérgio Moro a investigação sobre um irmão de Lula 2017-06-16
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