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Brasil Ministro tem plano para “desmontar o Centrão” e pretende retirar cargos de deputados federais infiéis ao governo

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Ramos (foto) já declarou que considerava “imbatível” uma chapa Moro e Bolsonaro em 2022. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria-Geral de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou em reuniões com parlamentares que quer “desmontar o Centrão” da Câmara dos Deputados, revendo indicações políticas para cargos.

Ramos contou a interlocutores que analisa todas as votações na Casa para saber se os deputados que ganharam cargos votaram com o governo, e citou nominalmente os “infiéis” que estavam a ponto de perder postos nos Estados. Houve “infidelidade” em partidos que geralmente votam com o governo em questões como “reforma” da Previdência e na derrubada pelo Congresso de vetos presidenciais, entre outros.

Apesar de o governo não ter destravado todas as indicações feitas por parlamentares neste ano, há deputados que mantiveram nomes que estavam desde o governo de Michel Temer. Há situações desse tipo no Ibama, Incra e Funasa. Há, também, quem mantenha aliados no governo e tenha conseguido novas indicações. Em agosto, o DEM emplacou o comando da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco e Parnaíba), e o PP indicou o novo presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), dois dos cargos mais cobiçados do governo.

Partidos como DEM, PP, PL, SD, PSD, PRB e os demais da centro-direita têm optado, neste governo, por não compôr uma base formal. Por isso, as orientações nas votações são decididas caso a caso. Líderes veem essa estratégia como uma decorrência natural da atitude do governo, que não cedeu cargos de primeiro escalão no início do mandato e tem dificuldade de dialogar com dirigentes partidários.

Ramos disse que seu monitoramento dos votos não se trata de uma ameaça e sim uma política que se pauta pela “ética e pelo bem público”. Afirmou também que é inaceitável que um deputado com “dois ou três cargos federais” faça discursos contra o governo. “Se o indicado não estiver alinhado com o governo Bolsonaro, se for atender aos interesses políticos dele próprio, não pode estar lá”, afirmou. “Se eu atendi [a indicação] do deputado, é porque a pessoa concorda com o governo e tem que votar com a pauta do governo. Se não vota, não é governo.”

Ramos tem sido cobrado pela execução das verbas para municípios prometidas a deputados que votaram a favor da reforma da Previdência. Parlamentares indicaram cidades que poderiam ser favorecidas. Mas nem todos foram contemplados ainda. A promessa é de ao menos R$ 10 milhões por deputado, mas tudo indica que os R$ 40 milhões no ano, garantidos pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, numa primeira ocasião, não vão se concretizar.

O ministro se justifica a deputados alegando restrições de orçamento e reconhece que o governo prometeu mais às grandes siglas do que aos nanicos. Na última segunda-feira, o líder do Podemos, José Nelto (GO), disse que só o Centrão (DEM, PP, PL, SD) estava recebendo.

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