Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2019
O TRF-4 aumentou a pena de Lula para 17 anos de prisão
Foto: Reprodução de TVA decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) de manter a condenação e ampliar a pena de Lula no caso do sítio de Atibaia (SP) causou no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça) a percepção de que a Corte com sede em Porto Alegre “errou a mão”.
Questões técnicas que teriam sido desconsideradas reforçaram a percepção de ministros de que o processo foi usado para reafirmar a Operação Lava-Jato. O TRF-4 entendeu que a defesa de Lula não foi prejudicada pelo fato de ele ter apresentado alegações finais ao mesmo tempo que delatores. O Supremo decidiu, por maioria, que colaboradores seriam uma espécie de assistentes da acusação, o que garantiria ao réu o direito de falar por último, para rebater o que lhe for imputado.
Um ministro do STJ lembra que há menções a acusações de delatores na sentença que condenou Lula na primeira instância e que foi validada pelo TRF-4. Para ele, isso dá força ao argumento da defesa do petista, que reivindicava que o entendimento do Supremo fosse aplicado.
Se isso ocorresse, o caso deveria voltar à primeira instância para que o ex-presidente reapresentasse as alegações finais. Esse ministro diz que, por esse motivo, o próprio STJ pode acabar derrubando a decisão do TRF-4, de acordo com informações divulgadas pela coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.