Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2015
Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (9), após participar da sétima Cúpula do Brics, em Ufá, na Rússia, que o Brasil passa por momento “extremamente duro” na economia. Ela, porém, ressaltou que o País tem “fundamentos sólidos” para retomar o crescimento.
Dilma chegou ao país na quarta-feira (8) para participar da cúpula do grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Depois de desembarcar, ela foi ao jantar oferecido pelo presidente russo, Vladimir Putin, aos chefes de Estado e de governo dos países que compõem o grupo. Ao longo desta quinta, ela teve reunião de trabalho na cúpula e discursou na sessão plenária.
Ela deu a declaração após ter sido questionada durante entrevista coletiva sobre se o Brasil havia chegado ao “fundo do poço” ou se ainda surgirão mais “notícias negativas”.
“Vários países passam por crises graves, mas só o Brasil, eu acredito, tem uma característica específica: nós estamos, de fato, passando por um momento extremamente duro e a preocupação do governo com esta questão é tanta que lançamos há pouco o Programa de Proteção ao Emprego, que é bastante interessante”, revelou.
“O Brasil tem, estruturalmente, fundamentos para se recuperar rápido. Não é só questão de achar ou não. Nós apostamos nisso não porque temos visão rosa da situação. Não temos, não. Nós achamos que o Brasil tem fundamentos sólidos”, acrescentou.
Em sua fala, a presidenta afirmou que o governo está “trabalhando duramente” para que o País saia “rápido” da crise. Na Rússia, Dilma declarou esperar que a situação internacional ajude “de forma importante” todos países que buscam “saída” para a economia.
“Não é consolo, mas ela [crise econômica] é uma situação generalizada no mundo. A China, por exemplo, tem hoje a menor taxa de crescimento dos últimos 25 anos. Você tem problemas em vários lugares do mundo e a Europa também não tem conseguido sair da crise”, destacou.
Balanço da cúpula
Ao fazer um balanço de sua participação nesta quinta, a presidenta ressaltou o Banco do Brics como um “instrumento inter-regional de garantia da estabilidade financeira”. A instituição foi criada no ano passado com capital inicial de 50 bilhões reais – podendo chegar a 100 bilhões reais –, que podem ser destinados a projetos de infraestrutura em países emergentes.
“Estabelecemos também uma estratégia global de parcerias, uma espécie de mapa do caminho no que se refere à relação entre os Brics”, disse. (AG)