Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de março de 2020
Bebianno estava com o filho em Teresópollis, no Rio de Janeiro, quando passou mal.
Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilO ex-ministro de Jair Bolsonaro e pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Gustavo Bebianno, morreu na manhã deste sábado (14) em Teresópolis, Região Serrana do Estado, vítima de infarto. A informação é do presidente estadual do PSDB, Paulo Marinho. Bebianno, de 56 anos, estava com o filho em seu sítio quando passou mal e sofreu uma queda. Ele foi levado a um hospital, mas morreu ao chegar.
Gustavo Bebianno foi líder do PSL e era o presidente nacional do partido durante as eleições presidenciais, tornando-se uma das figuras mais próximas a Bolsonaro durante a campanha. Ficou no governo eleito durante um mês e 18 dias ocupou a Secretaria-Geral da Presidência, até tornar-se o pivô da primeira crise política do Executivo.
A crise foi gerada pela suspeita de que o partido estivesse envolvido em candidatura “laranja” nas eleições de 2018 para desviar verbas públicas, acusação que ele sempre negou.
Bebianno afirmou na ocasião que foi demitido não pelo presidente, mas pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro. A época também foi marcada pela divulgação de trocas de mensagens e áudios.
Mesmo demitido, declarou não ter dúvida de que o governo Bolsonaro “será um sucesso”.
Advogado de formação e faixa-preta em jiu-jitsu, Bebianno conheceu Bolsonaro em 2017, quando este ainda era deputado. Nessa época, se ofereceu para atuar em processos judiciais de Bolsonaro de graça.
No último dia 5, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a pré-candidatura de Gustavo Bebianno à Prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo o partido, o lançamento oficial da candidatura seria em 4 de abril, na capital fluminense.
“A cidade do Rio perdeu um candidato que iria enriquecer o debate eleitoral, e eu perdi um irmão”, afirmou Paulo Marinho.
O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, lamentou no Twitter o morte de Bebianno. “Lamento o falecimento de Gustavo Bebianno. Nos últimos meses vínhamos conversando muito sobre o Rio e aquilo que nos unia: o grande amor a essa cidade. Especialmente a sua família e seus companheiros de PSDB, manifesto o meu mais profundo pesar”.