Por Redação O Sul | 13 de maio de 2025
O renomado roteirista e diretor Robert Benton faleceu aos 92 anos no último domingo (11), em sua casa, em Manhattan, Nova York, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada por sua empresária e assistente de longa data, Marisa Forzana, ao jornal New York Times. A causa da morte não foi revelada.
Ao longo de quatro décadas de atuação no cinema, Benton recebeu sete indicações ao Oscar, vencendo em três oportunidades. Ele foi premiado pela direção e pelo roteiro adaptado de “Kramer versus Kramer” (1979), seu trabalho mais conhecido, e pelo roteiro original de “Um lugar no coração” (1984).
Sua primeira experiência no cinema foi na direção do curta “A Texas romance, 1909” (1964), mas foi como roteirista que teve seu primeiro sucesso (e indicação ao Oscar), com o trabalho em “Bonnie e Clyde: Uma rajada de balas” (1967), clássico de Arthur Penn estrelado por Warren Beatty e Faye Dunaway que marcou a chamada era da Nova Hollywood.
A estreia na direção de longas veio cinco anos depois, em 1972, com “Má companhia”, faroeste estrelado por Jeff Bridges. Na sequência, ele escreve e dirige “A última investigação” (1977), comédia com Art Carney e Lily Tomlin que lhe rende uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original.
Desenvolveu uma parceria frutífera com o roteirista David Newman. Juntos, escreveram “Ninho de cobras” (1970), “Bonnie e Clyde”, “A última investigação” e “O indomável: Assim é minha vida” (1994).
Seus últimos trabalhos foram “Revelações” (2003), com Anthony Hopkins e Nicole Kidman, e “Banquete do amor” (2007), com Morgan Freeman e Radha Mitchell.
O cineasta realizou apenas cerca de dez longas-metragens na sua carreira, mas era amplamente respeitado pelo seu talento e humildade em Hollywood.
“Há realizadores que sabem extrair o melhor dos atores. Eu não sou um deles”, referiu.
Numa cerimónia realizada em 2018, em Hollywood, o realizador foi modesto: “Encontrei atores — por sorte, pelo julgamento dos diretores de ‘casting’ ou pelos meus instintos — que são extraordinariamente bons”.
“Tentei não atrapalhar (…) o que não é assim tão fácil”, acrescentou, com humor.
Benton deixa um filho, John. Sua esposa por 60 anos, a artista plástica Sallie Benton faleceu em 2023, aos 88 anos. As informações são do jornal O Globo.
