Domingo, 20 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2025
Velório acontecerá na cidade de São Paulo na tarde deste domingo
Foto: ReproduçãoMorreu na madrugada deste domingo (20), em São Paulo, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, aos 93 anos. O velório acontecerá na parte da tarde na capital paulista. A causa da morte não foi divulgada.
Advogado, Marin também foi vereador e deputado estadual por São Paulo entre as décadas de 1960 e 70. Foi vice-governador de Paulo Maluf nos anos 1980 e chegou a assumir o governo paulista em 1982 quando Maluf foi disputar eleições. Na ocasião, na ditadura militar, os governadores “biônicos” eram escolhidos por parlamentares alinhados ao regime militar em eleição indireta.
Mais ou menos no mesmo período presidiu a Federação Paulista de Futebol entre 1982 e 1988 e chefiou a delegação brasileira na Copa do Mundo de 1986, no México. O dirigente comandou a CBF entre 2012 e 2015 após a renúncia de Ricardo Teixeira. Foi sucedido por Marco Polo del Nero.
Em 2015, Marin chegou a ser preso na Suíça em uma operação do FBI em investigação de corrupção na Fifa. Ele foi levado aos EUA, onde foi julgado e condenado à prisão. Ele voltou ao Brasil em 2020, libertado durante a pandemia de Coronavírus.
O prédio que sedia a Confederação Brasileira de Futebol no Rio de Janeiro, no bairro da Barra da Tijuca, foi inaugurado em 2014 sob a presidência de Marin. Ele o batizou com seu próprio nome que aparecia na fachada (José Maria Marin).
O nome de Marin saiu da fachada ainda na presidência de Marco Polo Del Nero, seu sucessor, em meio às prisões na Suíça. Mais adiante, Rogério Caboclo retirou também a placa de “batismo” do prédio de dentro da sede. A fachada tem há tempos a inscrição “Casa do Futebol Brasileiro.
O episódio da medalha
Um dos episódios mais inusitados da trajetória de Marin foi em janeiro de 2012, dois meses antes de assumir a CBF. Na cerimônia de premiação dos jogadores do Corinthians campeões da Copa São Paulo de Juniores, Marin foi flagrado colocando no bolso uma das medalhas destinadas aos jogadores.
Na ocasião, a Federação Paulista de Futebol disse que a medalha já estava reservada a Marin, mas no fim da festa um dos goleiros do Timão, Matheus, acabou sem receber seu prêmio. Somente após a festa é que a FPF enviou ao goleiro uma medalha de campeão.