Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2025
Armani combinava o talento de designer com a habilidade de empresário
Foto: Reprodução de TVO estilista italiano Giorgio Armani morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, em Milão. “O Grupo Armani comunica, com infinito pesar, o falecimento do seu criador, fundador e força incansável: Giorgio Armani”, informou a empresa em um comunicado.
A causa da morte não foi divulgada. “Sr. Armani, como sempre foi chamado com respeito e admiração pelos funcionários e colaboradores, faleceu pacificamente, cercado pelos seus entes queridos. Incansável, trabalhou até os últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções, aos diferentes e sempre novos projetos no ser e no ser”, afirmou o grupo, que é uma das grifes mais influentes do mundo.
Armani era sinônimo do estilo moderno italiano e elegância. Ele combinava o talento de designer com a habilidade de empresário, conduzindo um grupo que faturava cerca de 2,3 bilhões de euros (cerca de R$ 14,6 bilhões) por ano.
Armani trabalhou até os últimos dias da sua vida, deixando um legado imenso na moda mundial. Construtor de um império na indústria do luxo, Rei Giorgio, como era chamado, foi um criador visionário, destacando-se em alta-costura, prêt-à-porter, acessórios, perfumes, joias, além de arquitetura de interiores e hotéis de luxo em cidades como Milão, Paris, Nova York, Tóquio, Seul e Xangai.
“Ao longo dos anos, Giorgio Armani criou uma visão que se expandiu da moda para todos os aspectos da vida, antecipando os tempos com extraordinária clareza e precisão. Ele foi movido por uma curiosidade inexorável, atenção para o presente e as pessoas. Nesta jornada, ele criou um diálogo aberto com o público, tornando-se uma figura amada e respeitada por sua capacidade de se comunicar com todos. Sempre atento às necessidades da comunidade, ele se comprometeu em muitas frentes, principalmente com sua amada Milão”, prosseguiu a empresa, que tem 50 anos de história.
Armani mantinha vida discreta
Reservado, signore Armani (como era tratado por todos) não costumava ter sua privacidade escancarada nos tabloides. As horas vagas — uma raridade — eram gastas com a família e os amigos, às vezes em seu barco. Nas viagens, era ciceroneado por uma comitiva. Segundo o “The Guardian”, eram assessores, guarda-costas e executivos — ele não tinha filhos, mas estava sempre com a sobrinha Roberta.
Nas entrevistas, Armani não tinha medo de dar sua opinião. Certa vez, o estilista afirmou à “The Sunday Times Magazine” que gays “não precisam se vestir como homossexuais”, causando o maior rebuliço nas redes. Sem falar na rixa que tinha com Gianni Versace, morto em 1997.