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Saúde Mudança de hábitos ajuda a prevenir Alzheimer e outras demências, dizem cientistas; saiba quais

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Em 2020, foi acrescentado três fatores de risco: consumo excessivo de álcool, lesões cerebrais traumáticas e poluição do ar.

Foto: Reprodução
Os cientistas desenvolveram um modelo tridimensional de tecidos humanos para imitar o cérebro. (Foto: Reprodução)

Os casos de demência estão aumentando junto com o envelhecimento da população mundial, e mais uma vez um medicamento para Alzheimer muito esperado, o crenezumab, provou ser ineficaz em ensaios clínicos – a última de muitas decepções. Especialistas argumentam que já passou da hora de voltarmos nossa atenção para uma abordagem diferente: focar na eliminação de uma dúzia de fatores de risco conhecidos, como pressão alta não tratada, perda auditiva e tabagismo, em vez de uma nova droga de preço exorbitante.

“Seria ótimo se tivéssemos drogas que funcionassem”, afirma Gill Livingston, psiquiatra da University College London e presidente da Comissão Lancet sobre Prevenção, Intervenção e Cuidados da Demência. “Mas eles não são o único caminho a seguir.”

Enfatizar os riscos modificáveis – coisas que sabemos como mudar – representa “uma mudança drástica de conceito”, afirma Julio Rojas, neurologista da Universidade da Califórnia, em San Francisco. Ao focar em comportamentos e intervenções já amplamente disponíveis e para os quais há fortes evidências, “mudamos a forma como entendemos o desenvolvimento da demência”, diz ele.

O fator de risco modificável mais recente foi identificado em um estudo sobre deficiência visual nos Estados Unidos, publicado recentemente no JAMA Neurology. Usando dados do Estudo de Saúde e Aposentadoria, os pesquisadores estimaram que 62% dos casos de demência poderiam ter sido evitados por fatores de risco e que 1,8% – cerca de 100 mil casos – poderiam ter sido evitados por meio de uma visão saudável.

Embora seja uma porcentagem bastante pequena, representa uma solução comparativamente fácil, diz Joshua Ehrlich, oftalmologista e pesquisador de saúde populacional da Universidade de Michigan e principal autor do estudo. Isso porque exames oftalmológicos, prescrições de óculos e cirurgia de catarata são intervenções relativamente baratas e acessíveis. “Globalmente, 80% a 90% dos problemas de visão e cegueira são evitáveis por meio de detecção e tratamento precoces, ou ainda precisam ser resolvidos”, afirma.

A influente comissão da Lancet começou a liderar o movimento de fatores de risco modificáveis em 2017. Um painel de médicos, epidemiologistas e especialistas em saúde pública revisou e analisou centenas de estudos de alta qualidade para identificar nove fatores de risco responsáveis por grande parte da demência mundial: pressão arterial, menor escolaridade, deficiência auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, sedentarismo, diabete e baixo nível de convívio social.

Em 2020, a comissão acrescentou três: consumo excessivo de álcool, lesões cerebrais traumáticas e poluição do ar. O grupo calculou que 40% dos casos de demência em todo o mundo poderiam teoricamente ser prevenidos ou retardados se esses fatores fossem eliminados. “Uma grande mudança pode ser feita no número de pessoas com demência”, diz Livingston. “Mesmo porcentagens pequenas – porque muitas pessoas têm demência e é muito caro – podem fazer enorme diferença para indivíduos e famílias e para a economia”.

Fatores de risco

– Pressão arterial;

– Baixa escolaridade;

– Deficiência auditiva;

– Tabagismo;

– Obesidade;

– Depressão;

– Sedentarismo;

– Diabete;

– Baixo nível de convívio social;

– Consumo excessivo de álcool;

– Lesões cerebrais traumáticas; e

– Poluição do ar.

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