Sábado, 20 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Rio Grande do Sul Acusada de matar o filho de 11 anos no Norte gaúcho será submetida a júri popular

Compartilhe esta notícia:

Rafael foi dopado e estrangulado pela mãe em maio do ano passado, em Planalto

Foto: Reprodução
Rafael foi dopado e estrangulado pela mãe em maio do ano passado, em Planalto. (Foto: Reprodução)

A pedido do MP (Ministério Público), a Justiça de Planalto, no Norte gaúcho, julgou procedente a denúncia contra Alexandra Dougokenski pela morte do seu filho Rafael Mateus Winques, então com 11 anos, em 14 de maio do ano passado. Ela será julgada pelo Tribunal do Júri, em data a ser definida.

O crime foi cometido na casa em que eles moravam, em Planalto. Com isso, a ré foi pronunciada por homicídio doloso quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

“A pronúncia do crime de homicídio, com todas as qualificadoras, e dos demais crimes conexos demonstram a seriedade e a responsabilidade com que a acusação foi construída e refletem o árduo trabalho que o Ministério Público desenvolveu, tanto durante o acompanhamento das investigações quanto durante a instrução processual. Todos os fatos imputados à Alexandra foram baseados em indícios sólidos e puderam ser comprovados durante a instrução processual, demonstrando à sociedade a lisura e o comprometimento do trabalho Ministério Público, sempre em defesa da vida”, disse a promotora de Justiça de Planalto, Michele Dumke Kufner.

Seguindo a mesma linha, o promotor de Justiça Diogo Gomes Taborda observou que a “sentença só confirma tudo aquilo que a acusação vem afirmando desde o início e que está amplamente provado: que foi a ré que matou o próprio filho, de forma dolosa, devendo ser julgada pelo Tribunal Popular. O Ministério Público atua sempre na defesa da vida e da justiça”.

O MP denunciou Alexandra em 10 de julho de 2020, menos de um mês depois do crime. Conforme a peça, nos dias que antecederam o assassinato, a ré passou a se sentir paulatinamente incomodada com as negativas do filho em acatar suas ordens, como diminuir o uso do celular e dos jogos on-line. Ela acreditava que a desobediência colocaria à prova o domínio que precisava ter sobre os filhos.

De acordo com a apuração, temia, ainda, que esse comportamento do caçula estaria refletindo na subserviência apresentada pelo filho mais velho, de onde vinha a pensão que garantia seu sustento.

Segundo a denúncia, foi esse contexto que levou Alexandra a articular a morte de Rafael. Para levar o plano adiante, ela retirou da casa da sua mãe comprimidos do medicamento Diazepam e os deixou guardados até o momento oportuno para utilizá-los. Decidiu matar o filho na véspera, após repreendê-lo, aos gritos, para que parasse de jogar e depois de fazer pesquisas na internet sobre o uso de substâncias tóxicas para diminuir a resistência das vítimas, como “Boa Noite Cinderela” e colírios.

Horas antes do crime, segundo o MP, Alexandra assistiu a filmes em que o prazer sexual era alcançado através de violência, asfixia e uso de máscaras. Na noite do assassinato, Alexandra fez com que Rafael tomasse dois comprimidos de Diazepam. A ingestão foi comprovada por laudos periciais. A denunciada esperou em seu quarto até que o medicamento fizesse efeito. Por volta das 2h, verificando que a resistência da criança estava reduzida em razão do medicamento, e munida de uma corda, estrangulou o filho.

“Após constatar que Rafael estava morto, a denunciada Alexandra engendrou uma forma de ocultar o cadáver e despistar as suspeitas que pudessem recair sobre si. Para tanto, vestiu o corpo do filho, pegou seus chinelos e o óculos e decidiu levá-lo até a casa vizinha, onde sabia que existia um local propício à ocultação”, explicou a promotora Michele.

“A mãe sabia que no local havia um tapume que encobriria o corpo do filho. Ao se deparar com uma caixa de papelão, depositou o corpo, configurando a ocultação de cadáver com três agravantes: para assegurar a impunidade do crime de homicídio, crime contra criança e contra descendentes”, concluiu.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Rio Grande do Sul

O Governo do Estado ajuíza ação no Supremo para manter UTIs para tratamento de pacientes com coronavírus
Rio Grande do Sul registra 9.621 novos casos de Covid-19 e mais 182 mortes provocadas pela doença
https://www.osul.com.br/mulher-que-matou-o-filho-de-11-anos-no-norte-do-rio-grande-do-sul-ira-a-juri-popular/ Acusada de matar o filho de 11 anos no Norte gaúcho será submetida a júri popular 2021-03-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar