Mundo Mulher tenta tirar selfie em galeria de arte, cai e causa “efeito dominó”. Prejuízo é de 200 mil dólares, diz artista
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2017
Uma mulher dentro de uma galeria nos Estados Unidos causou um prejuízo de US$ 200 mil ao derrubar uma série de obras de arte enquanto se equilibrava para tirar uma selfie.
O acidente ocorreu no começo de julho em Los Angeles, na Califórnia, na exposição de arte Hypercaine, liderada pelo artista Simon Birch, que mora em Hong Kong, ao lado de outros colaboradores.
As imagens captadas pelas câmeras internas da 14th Factory, local em que as obras eram exibidas, mostram duas amigas tentando fotografar as obras de arte, posicionadas sobre suportes brancos dispostos como uma fila de peças de dominó.
Uma delas se aproxima para registrar uma foto das obras. Tentando aparecer na imagem, a outra se posiciona em frente ao primeiro suporte da fila para tirar uma selfie, fica de cócoras e tenta achar o melhor ângulo.
Sem conseguir permanecer na posição, a mulher perde o equilíbrio e se apoia no pedestal. Só que isso desencadeia um “efeito dominó”. Um após um, todos os suportes vão caindo –assim como as obras de arte que estavam em cima deles. O resultado: foram derrubadas 12 esculturas em forma de coroa, feitas de materiais que incluíam até metais preciosos. As imagens mostram que ela estava segurando um celular ao cair, o que indica que estava tentando tirar uma selfie.
O prejuízo total foi calculado em milhares de dólares. “Três esculturas foram danificadas permanentemente e outras foram danificadas em vários graus. O custo aproximado do prejuízo é de US$ 200 mil”, afirmou Gloria Yu, uma das artistas que colaboraram com a exposição, ao site “Hyperallergic”, especializado em arte e cultura.
Ao site “Cnet”, a 14th Factory informou que não iria comentar se peças tinha seguro contra acidentes.
Selfies perigosas
As selfies estão se tornando tão perigosas que já existem programas e campanhas para evitar acidentes.
Recentemente pesquisadores americanos anunciaram o desenvolvimento de um aplicativo que ajudaria a reduzir o preocupante número de pessoas que morrem a cada ano tirando selfies. Ele avisaria quando as pessoas estivessem em situação em risco.
Em um estudo, os pesquisadores apontaram que 15 pessoas morreram por causa de selfies em 2014, 39 em 2015 e 73 nos primeiros oito meses de 2016.
O estudo, conduzido pelo estudante de doutorado Hemank Lamba e por uma equipe de amigos da universidade de Carnegie Mellon em Pittsburgh, nos Estados Unidos, também mapeia os locais e causas das mortes, em vários lugares do mundo.
O primeiro registro (de uma fonte confiável) de alguém que morreu por causa de uma selfie é de março de 2014. A causa mais provável de morte é por queda de uma grande altura, com pessoas indo até penhascos e topos de prédios para tirar selfies e impressionar seguidores nas mídias sociais.
O governo da Rússia lançou em 2015 uma campanha para que os cidadãos tomassem mais cuidado ao tirar selfies, depois de cerca de uma centena de pessoas se machucar e mais de uma dezena morrer ao fazer poses em situações de perigo naquele ano. (AG)
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