Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2019
As musas do Miss Bumbum World estão engajadas nas questões ambientais do mundo. Como forma de protesto, elas resolveram fazer um ensaio sensual no qual lutam pelo bem da Amazônia e pelo fim da matança de índios. No dia 9 de agosto é comemorado o Dia Nacional dos Povos Indígenas.
A competição vai acontecer na Cidade do México, no dia 30 de setembro, e contará com as candidatas Sheila Mel, representante do México, Bruna Valentim (EUA), Rayane Laura (França), Léia Lee (Alemanha), Shirley Correia (Espanha) e Jéssica Jhensen (Austrália).
“Somos contra as atitudes do governo Bolsonaro. Se continuar assim, vamos acabar com a Amazônia e também com o planeta”, opinou a candidata da França Rayane Laura. Já para a representante da Alemanha, as questões estão sendo resolvidas através do sangue. “Pessoas estão morrendo, os índios estão sendo dizimados”, afirma.
As candidatas Bruna, Sheyla, Shirley e Jéssica Jensen acreditam que o atual governo precisa ser mais coerente com seu discurso e preservar as nossas florestas. “Tudo o que chama a atenção deve ser meio para levar uma mensagem de protesto. Então que as meninas protestem com os seus bumbuns”, declarou Cacau Oliver, criador da competição.
Declaração
Bolsonaro afirmou, na segunda-feira (05), que “maus brasileiros” fazem campanha com “números mentirosos” contra a Amazônia. A declaração foi dada em um evento de inauguração da primeira etapa de uma usina solar flutuante, instalada no reservatório da cidade de Sobradinho (BA).
“A Amazônia é um potencial incalculável. Por isso, alguns maus brasileiros ousam fazer campanha com números mentirosos contra a nossa Amazônia. E nós temos que vencer isso e mostrar para o mundo, primeiro, que o governo mudou e, depois, que nós temos responsabilidade para mantê-la nossa, sem abrir mão de explorá-la de forma sustentável”, disse Bolsonaro.
Nos últimos dias, Bolsonaro tem colocado em xeque dados sobre o desmatamento da Amazônia e dado declarações polêmicas sobre a preservação do bioma. No último dia 19, em café da manhã com jornalistas estrangeiros, o presidente da República afirmou que iria conversar com o agora ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, por acreditar que os dados divulgados pelo órgão não condiziam com a realidade e prejudicavam o nome do Brasil no exterior. “Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse.
Galvão também foi acusado por Bolsonaro de estar “a serviço de alguma ONG” após a divulgação de dados do instituto que mostraram um aumento de 88% no desmatamento da Amazônia em junho em relação ao mesmo mês em 2018. O presidente afirmou que os números eram “mentirosos”.