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Economia Na Bolsa brasileira, Gol e Azul já perderam R$ 2 bilhões em valor de mercado; analistas explicam

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Companhias do setor enfrentam dificuldades para reestruturar dívidas, caso específico da Gol, que não afasta recuperação judicial nos EUA. (Foto: Reprodução)

A reestruturação da Gol e o possível pedido de recuperação judicial da aérea nos Estados Unidos derrubaram o valor de mercado da companhia e contaminaram o desempenho das ações da Azul. Juntas, as empresas perderam R$ 2,1 bilhões em valor de mercado apenas neste mês.

A Gol encolheu R$ 1 bilhão. A companhia valia R$ 3,7 bilhões no fim de 2023 e, ontem, encerrou o dia avaliada em R$ 2,7 bilhões. No ano, as ações acumulam queda de 20,48%.

Sob o “efeito Gol”, os papéis da Azul também desabaram. A empresa encolheu R$ 1,1 bilhão, segundo levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria. No acumulado deste ano, as ações têm queda de 14,15%.

Para analistas, a recuperação judicial pode ser a melhor opção para a Gol reestruturar suas dívidas e ganhar fôlego para se recuperar. Charo Alves, especialista da Valor Investimentos, diz que, sem conseguir gerar fluxo de caixa, um aporte de recursos na companhia teria juros elevados.

Outra opção, a emissão de ações numa operação de follow on (oferta secundária de papéis), poderia sair por um preço muito baixo das ações e não resolver os problemas da aérea.

“As ações estão nas mínimas históricas. Então, emitir papéis significa que eles sairiam por um preço muito baixo. Para uma empresa endividada como a Gol, e sem gerar fluxo de caixa, não haverá crédito barato”, diz.

Charo Alves observa que, mesmo com um momento de retomada da aviação, com aeronaves com boa lotação e preços de passagens elevados, o setor tem custos de combustível em dólar, o que o torna dependente do preço do petróleo.

Os números da Gol mostram uma dívida total de R$ 20 bilhões, com vencimentos de curto prazo totalizando R$ 3 bilhões: R$ 1,1 bilhão em dívida financeira e R$ 1,8 bilhão em pagamentos de arrendamento de aeronaves.

A companhia vem negociando com credores saídas para se reestruturar, o que inclui a possibilidade de pedido de recuperação judicial nos EUA, onde outra empresa do grupo que a controla, a Avianca, teve êxito. Ambas são controladas pelo Grupo Abra, do Reino Unido. Procurada, a Gol não quis comentar.

Para Ricardo Jacomassi, sócio e economista-chefe da TCP Partners, consultoria especializada em reestruturação financeira, mesmo a opção pela recuperação judicial precisa ser bem estruturada. O acesso a crédito é “complicado” e “em três ou quatro meses o capital de giro some”, alerta.

No caso da Azul, a companhia promoveu uma reestruturação de dívida no ano passado e afastou a possibilidade de uma recuperação judicial.

A Latam, que passou por processo de recuperação judicial nos EUA, tem ações registradas no exterior e não na B3, a Bolsa brasileira. Os papéis da companhia acumulam queda de 1,67% desde o início do ano.

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