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Mundo Na Colômbia, mulheres venezuelanas vendem seu cabelo para comprar alimentos e remédios

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Cabelo virou moeda na crise. (Foto: Reprodução)

Na Colômbia, perto da fronteira com a Venezuela, imigrantes venezuelanas estão vendendo o cabelo para conseguir alguns pesos a fim de comprar remédios e alimentos para seus filhos. A prática tornou-se comum nos últimos meses, adotada por mulheres que deixaram sua terra natal e procuram uma forma de manter a vida em meio à crise econômica.

A poucos metros da ponte internacional Simón Bolívar, que liga a cidade venezuelana San Antonio ao município colombiano de Cúcuta, um grupo de mulheres anuncia seu comércio internacional, tido como um dos negócios mais rentáveis depois da venda de passagens e da troca de moedas em casas de câmbio, segundo o “El Nacional”.

“Compra-se cabelo a bom preço” é o que oferecem as colombinas às venezuelanas que ingressam ao setor de La Parada, provenientes de San Antonio. As imigrantes podem receber entre 90 mil e cem mil pesos pelo próprio cabelo. Ali, cerca de dez colombianas permanecem atentas à entrada de qualquer mulher com vasta cabeleira.

“Eu sou colombiana e compramos cabelo aqui. Não compramos por 20 mil ou 30 mil pesos” (cerca de US$ 10, valor que é cobrado muitas vezes pelo “produto” na região) disse a uma emissora de rádio a colombiana Gina Rojas, uma das compradoras de plantão no terminal, que garante: “Aqui há pessoas que valorizam o cabelo e pagam bons preços por ele. A diferença é grande com relação ao que pagam na Venezuela e por isso uma grande maioria vem para cá vender o cabelo. Há muitas venezuelanas que não tem nem como comprar o almoço”, completa ela.

O negócio não é considerado legal, posto que não há qualquer controle de tal comércio pelas autoridades. Por outro lado, é uma saída encontrada pelas imigrantes ante à precariedade em que vivem.

Segundo estimativa da ONU, cerca de 2,3 milhões de venezuelanos deixaram o país desde 2015. Ainda de acordo com as Nações Unidas, a Colômbia é o país que mais recebe imigrantes venezuelanos. O governo de Bogotá já regularizou temporariamente 820 mil dentre os mais de 1 milhão de imigrantes que chegaram a seu território nos últimos 16 meses — hoje, as estimativas oficiais dão conta de 870 mil venezuelanos no país.

Já no Brasil, que faz também fronteira com a Venezuela, entraram 127.778 venezuelanos entre 2017 e 2016 pela fronteira terrestre, segundo o governo brasileiro. Desse total, porém, 68.968 foram para outros países, a maioria por estradas.

Emergência no Peru

O governo do Peru declarou, nesta terça-feira (28), emergência sanitária por 60 dias em distritos da fronteira com o Equador pelo perigo iminente de afetar a saúde e o saneamento, diante do aumento da migração procedente da Venezuela.

De acordo com o decreto supremo publicado no Diário Oficial El Peruano, a declaração de emergência entra em vigor a partir da data de hoje nos distritos de Águas Verdes e Zarumilla, na província de Zarumilla, e no distrito de Tumbes, na região de mesmo nome, onde se encontra a passagem fronteiriça com o Equador e os escritórios binacionais de Migrações.

A solicitação de emergência foi apresentada pelo governo regional de Tumbes e pelo Indeci (Instituto Nacional de Defesa Civil), após a capacidade de resposta dos órgãos ter sido “ultrapassada” diante da entrada de milhares de cidadãos venezuelanos, nos dias anteriores ao último sábado, quando entrou em vigor a exigência de passaporte para entrar no Peru.

O êxodo de venezuelanos chegou ao seu ápice em agosto, quando mais de 5 mil cidadãos desse país chegaram ao território peruano em um só dia, incentivados também pela possibilidade de solicitar a PTP (Permissão Temporária de Permanência), que lhes permite trabalhar e residir legalmente no país, e que poderá ser solicitada até 31 de dezembro.

Com a declaração de emergência, o governo autoriza a região de Tumbes e diversos ministérios a executar ações imediatas e necessárias de redução do “risco muito alto”, assim como de respostas e reabilitação caso seja necessário.

O Peru é o segundo país que abriga mais imigrantes venezuelanos, com cerca de 400 mil chegados no último ano, segundo os dados do escritório de Migrações, mas somente 75 mil têm o PTP, enquanto outros 100 mil ainda estão em trâmite.

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https://www.osul.com.br/na-colombia-mulheres-venezuelanas-vendem-seu-cabelo-para-comprar-alimentos-e-remedios/ Na Colômbia, mulheres venezuelanas vendem seu cabelo para comprar alimentos e remédios 2018-08-28
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