Quarta-feira, 29 de outubro de 2025

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Brasil Na reunião entre os presidentes Lula e Donald Trump, Brasil pediu exclusão de produtos como café, carne, pescados e frutas; analistas sugerem cautela

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Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que a busca para solucionar o tarifaço começou imediatamente após o encontro. (Foto: Reprodução)

Quase três meses após as tarifas de 50% passarem a valer para as exportações brasileiras aos Estados Unidos, a reunião entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, trouxe alívio para representantes dos setores mais prejudicados da economia nacional. Os presidentes conversaram, em Kuala Lumpur (KLCC), na tarde de domingo, 26, por 45 minutos, em privado.

Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que a busca para solucionar o tarifaço começou imediatamente após o encontro. O petista pediu que Trump envolvesse sua equipe em discussões com senso de urgência, após reiterar o pedido para rever a taxação e sanções a autoridades brasileiras. Trump não tomou decisão na hora, mas deu aval para encontro entre ministros da área.

Empresários brasileiros aguardam com otimismo o decorrer das negociações. No agronegócio, representantes do setor veem celeridade nas tratativas e apostam em rápidas respostas dos países até a potencial conclusão de um acordo bilateral. Muitos acreditam em um potencial pacto bilateral já “nas próximas semanas”.

Alguns exportadores apostam na ampliação da lista de exceções de produtos brasileiros ao tarifaço como o mais iminente em detrimento de uma retirada total e linear da sobretaxa de 40%. De acordo com fontes, a proposta do Brasil de exclusão de mais itens ao tarifaço, como café, carnes, pescados e frutas, consta em documentos entregues à Casa Branca. O café, por não tem produção nos Estados Unidos, continua sendo considerado o produto de maior flexibilidade americana para retirada do tarifaço.

“A gente avalia com bastante atenção e cuidado, mas com uma expectativa muito positiva o desenrolar dos fatos”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Pavel Cardoso.

Segundo ele, havia uma expectativa de que as tarifas para o café, um dos principais produtos da pauta exportadora do Brasil para os EUA, poderiam ser revertidas, quando no fim de julho o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que alimentos não produzidos no país poderiam ter as taxas zeradas.

“O desenrolar dos fatos, com o encontro entre os presidentes na assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas) e agora na Malásia, deu consistência a essa reaproximação”, avalia Cardoso. “É provável que o café tenha as taxas suspensas até pela importância cultural e econômica que tem nos EUA. A cada dólar que os EUA importam de café, a economia movimenta outros US$ 43. É um mercado de US$ 343 bilhões ao ano, que representa 1,2% do PIB americano.”

Para ele, o produto foi um dos escolhidos para ser taxado, e ficou de fora dos quase 700 itens isentos pelo governo americano, como forma de pressão, por ter posição estratégica nas exportações brasileiras. Mas faria pouco sentido econômico manter essas tarifas, já que 76% dos consumidores americanos bebem café, o Brasil responde por 34% das vendas ao país e menos de 1% do mercado interno é suprido por plantações locais, concentradas no Havaí e em Porto Rico.

Taxar o produto brasileiro causaria também uma desconfortável alta de preços para os americanos. Segundo a Abic, por conta dos aumentos do preço da commodity, o custo do café no varejo americano já havia subido 16% este ano.

Esse é outro fator que deve contribuir para acelerar as tratativas bilaterais é a pressão do próprio setor privado americano, diante da crescente inflação de alimentos no País e do risco à popularidade do governo. “Apesar dos aumentos, o repasse das tarifas não chegou ainda nas prateleiras americanas, porque os embarques feitos até o começo de agosto não foram afetados. Mas, se as tarifas prosseguirem, terá de haver aumentos adicionais. A derrubada das taxas será muito positiva para ambos os países.”

Outro importante setor exportador, o de carne, tem conseguido contornar as tarifas altas para o mercado americano com vendas a outros países. Mesmo com uma queda de 41% de agosto para setembro nas vendas totais de carne e subprodutos bovinos para os EUA, o setor bateu recorde de exportações no último mês.

Segundo dados compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o Brasil exportou US$ 1,92 bilhão, em setembro, aumento de 49% em faturamento e 17% em volume frente ao mesmo mês do ano passado. Com informações do portal Estadão.

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