Segunda-feira, 08 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2018
A PF (Polícia Federal) concluiu o inquérito da Operação PhD, deflagrada em dezembro de 2016 para investigar desvio de recursos de programas federais de incentivo à pesquisa, especialmente do Projeto SUS Educador. Foram indiciados 28 investigados por estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistemas de informação, de acordo com a participação individual na fraude. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Entre os indiciados, estão seis professores, cinco servidores da Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e bolsistas que “recebiam valores indevidamente”. Segundo a PF, a investigação colheu provas de que a associação criminosa que integrava a coordenação de projetos relacionados à área de saúde da Ufrgs, “se utilizava dessa condição para incluir bolsistas que, muitas vezes, não reuniam os requisitos para serem contemplados”.
O programa fraudado visava à capacitação de profissionais da área da saúde que atuariam como multiplicadores do conhecimento, ampliando o atendimento do SUS à população em diversas regiões do Brasil.
Em um caso, destaca o inquérito da Operação PHD, ficou comprovado que uma pessoa com ensino médio incompleto recebia bolsa de doutorado no valor de R$ 6,2 mil. “Os valores recebidos retornavam aos mentores da fraude em dinheiro vivo, depósitos em conta corrente, além de outras formas”, assinala a PF.
O inquérito policial foi compartilhado, com autorização judicial, para que a Ufrgs realizasse os procedimentos administrativos disciplinares que lhe competem. Os professores e funcionários estão afastados das funções.
Universidade
A Ufrgs ainda não teve acesso ao relatório final do inquérito concluído pela PF. Assim que notificada, dará prosseguimento aos procedimentos administrativos internos instaurados desde a denúncia feita à Polícia Federal.