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Brasil “Não é só traficante, é pegar o colarinho branco”, disse o futuro chefe nacional da Segurança ao falar sobre o crime organizado

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O general Guilherme Theophilo comanda a Secretaria Nacional de Segurança Pública. (Foto: Heider Betcel/FIEAM)

Escolhido para coordenar uma das bandeiras eleitorais de Jair Bolsonaro, o general da reserva Guilherme ​Theophilo afirma que uma de suas prioridades será identificar “gente do colarinho branco” envolvida no tráfico de drogas. Em entrevista, o futuro secretário de segurança pública afirma que hoje o mercado de entorpecentes tem a participação de políticos, juízes e até militares. “Nós temos de pegar quem está usando o crime organizado para se eleger”, disse.

Futuro subordinado a Sérgio Moro no Ministério da Justiça informou que se reunirá na semana que vem com o general Braga Netto, interventor federal na segurança pública do Rio, para discutir a desmobilização do efetivo militar.

“Acredito que no dia 31 de dezembro esse processo termine. E, no dia 1º de janeiro, seja entregue a chave aos órgãos de segurança pública”, afirmou. O decreto da intervenção, editado em fevereiro pelo presidente Michel Temer (MDB), não será renovado por Bolsonaro em 2019. Veja os principais pontos da entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”:

1) O presidente eleito fez algum pedido ao senhor?

Ele me ligou convidando [para o cargo]. Sou da mesma turma do Bolsonaro e fomos paraquedistas juntos. Temos a vida toda, até o momento que ele saiu do Exército, de companheirismo. Ele me perguntou se eu aceitaria, e eu disse que aceitava. Eu quero que esse governo dê certo e vou colaborar com o presidente eleito, que é um amigo.

2) Já elencou qual será a prioridade na segurança pública?

Nós temos de ter um tripé na segurança pública que se baseia em inteligência integrada com países vizinhos, tecnologia de ponta e a melhora da fiscalização de fronteiras, portos e aeroportos, nos pontos de entrada e saída de nosso País.

3) O senhor já disse que é contra a intervenção federal. Sem ela, como combater a criminalidade no Rio de Janeiro?

Eu acho que reforçando a segurança pública com o melhor treinamento das forças policiais e investimento na tecnologia. A gente tem de matar as facções criminosas por inanição, tirando delas a droga, que é o que as mantém em rotatividade. E não é só pegar o traficante, é pegar o colarinho branco. Tenho certeza que, com o ministro Sérgio Moro [Justiça], vamos pegar o alto escalão que coordena, que são os grandes barões da droga.

4) O mercado das drogas tem envolvimento de políticos?

Eu acho que tem envolvimento de gente grande, gente do colarinho branco. Com certeza temos políticos, juízes e militares, tanto das forças auxiliares como das Forças Armadas. Então, a sociedade está contaminada. Nós temos de prender essas pessoas que dominam, que são os mais inteligentes. Nós temos de acabar com o traficante comandando de dentro dos presídios.

5) O colarinho branco envolvido na criminalidade pública será um dos focos do senhor?

Sim, eu vi municípios no interior do Ceará que quem domina é o traficante. O ídolo do município é o traficante. Porque ele defende que ninguém entre lá. Se roubam uma moto, ele descobre e faz justiça com as próprias mãos. E participaram da campanha eleitoral, elegendo políticos. Então, nós temos de pegar quem está usando o crime organizado para se eleger.

 

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