Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2015
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes disse na sexta-feira, durante palestra na Associação dos Advogados de São Paulo, que a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) mostra que ninguém está acima da lei.
“Eu tenho a impressão de o que se mostra é que não há soberanos no estado de direito. Todos aqueles que praticam delitos serão responsabilizados”, afirmou, destacando que a gravação contra o petista é grave. “Todos os fatos revelados são graves. O tipo de diálogo, a oferta de fuga, a obstrução da Justiça, são elementos suficientes para permitir a prisão preventiva”, disse o ministro.
“Se nós olharmos, ali se falava em fuga para o Paraguai e Espanha, uso da nacionalidade espanhola, oferta de uma mesada, valores, captura de projetos de delação que estavam sendo desenhados”, ressaltou.
Questionado se a gravação havia sido considerada como flagrante para justificar a prisão do líder do governo no Senado, Mendes afirmou que “pertencer a uma organização criminosa e estar atuando em uma organização criminosa” foram considerados flagrantes.
De acordo com o ministro, a Operação Lava-Jato só foi possível graças ao julgamento do mensalão. “Desde o mensalão, tivemos prisões importantes. Sem o mensalão, não teríamos a Lava-Jato. Certamente, a delação premiada é fruto de condenações como a de Marcos Valério.” (AG)