Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de março de 2020
Toffoli afirmou, no entanto, que a função da Justiça é de pacificação de conflitos, tarefa que requer suporte da sociedade
Foto: Carlos Moura/STFO presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), José Dias Toffoli, se recusou a comentar, nesta segunda-feira (09), a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de conclamar a população a participar de manifestações agendadas para o próximo domingo (15) em apoio a seu governo.
As manifestações são organizadas por ativistas conservadores e têm bandeiras como a defesa do governo e das Forças Armadas, além de fortes críticas ao Congresso. Nas redes, há algumas convocações de caráter autoritário, pedindo o fim do Legislativo e do Supremo Tribunal Federal. “Não sei de nada”, afirmou Toffoli, após discursar na abertura do XXI Congresso Internacional de Arbitragem Marítima, no Rio de Janeiro.
Em seu breve discurso, Toffoli afirmou, no entanto, que a função da Justiça é de pacificação de conflitos, tarefa que requer suporte da sociedade. “A função última do poder judiciário é promover a pacificação social. É necessário que a sociedade também atue de forma cooperativa”, disse Toffoli. O presidente do STF disse ainda que “o Brasil tem orgulho de sua magistratura e de seu Judiciário”.
Presente ao Congresso, o ministro Luiz Fux também se recusou a comentar. À chegada, disse que só se manifestaria sobre os temas em debate no encontro. “Nada de lá de fora”. À saída, voltou a se esquivar: “Não gosto de falar rápido para não falar errado”, alegou.
No sábado (07), Bolsonaro pediu que a população participe das manifestações programadas para o próximo dia 15 e afirmou que político que tem medo de rua não serve para ser político. A declaração foi dada em Boa Vista para cerca de 400 pessoas, entre autoridades políticas roraimenses e simpatizantes.