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Armando Burd Não vai brincar em serviço

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, está determinado a conduzir o aperto do cinto. (Foto: Reprodução/TV)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O primeiro discurso de Paulo Guedes, ontem, mostrou que deixará para o presidente Jair Bolsonaro a função de coadjuvante na linha de ataque. Nenhum outro ministro da Economia (que substitui a denominação da Fazenda) foi tão forte e incisivo. Começou criticando uma camada de privilegiados que se beneficia com altos valores pagos pela Previdência. Considera ser “uma gigantesca engrenagem perversa de transferência de renda”. Pôs na alça de mira “piratas privados, burocratas corruptos e criaturas do pântano político”. Disse ainda que combaterá “o paraíso do rentista e o inferno do empreendedor”. A 23 de abril do ano passado, quando Bolsonaro anunciou Guedes, caso vencesse a eleição, o economista foi apontado como “defensor dos poderosos”. Não se confirma.

Disparada

Guedes acrescentou que não admitirá a permanência do “elevado patamar de gastos com juros da dívida pública. A propósito, o placar eletrônico Jurômetro, no segundo dia do ano, registrou 2 bilhões e 770 milhões de reais. Valor pago pelo governo federal para rolar o que deve, usando dinheiro que sai do nosso bolso.

Já foi diferente

Jornalistas comentavam ontem, no café da Assembleia Legislativa, sobre as dificuldades para o preenchimento de cargos no 1º escalão do Estado. Em governos anteriores eram muito disputados. Os motivos citados e que obtiveram unanimidade: 1º) políticos sabem que o orçamento anda curtíssimo para demandas cada vez maiores. Dizer não com frequência provoca desgastes junto aos eleitores; 2º) técnicos convidados consideram os salários baixos na comparação com o que recebem na iniciativa privada. Resumo: assumem os que acham que têm o dever de contribuir com a gestão pública.

Reprise do funil

A contenção de gastos, que a nova gestão anunciou ontem, foi a característica mais forte do governo Yeda Crusius. Era comum a formação de filas, na Casa Civil do Palácio Piratini. Representantes de secretarias, fundações e empresas estatais iam em busca de autorização para despesas. Por ter sido uma medida que contrariou interesses, teve como resposta uma campanha liderada por corporações. Faltou suporte político à governadora para se contrapor aos ataques. Mesmo assim, equilibrou as contas.

Menos risco

O presidente Jair Bolsonaro vai trilhar nova rota. Em vez de tentar acordos com líderes de partidos, buscará apoio das bancadas temáticas no Senado e na Câmara dos Deputados. Acredita que o pedágio será menor.

Duas reações

O clima passional que tomou conta desde o resultado da eleição presidencial de outubro não tem precedente. Em 2003, quando Lula assumiu, os adversários, incluindo o PSDB, deram sinais de boa vontade.

Fuga permanente

O plenário da Câmara dos Deputados, no ano passado, aprovou 149 propostas. Sobre as pretendidas reformas, nem sinal.

Troca

Com a posse de Catarina Paladini na Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, o suplente Paulo Odone assume como titular até o final do mandato, a 31 de janeiro.

Adeptos do carrossel

A cada começo de governo, aumenta o número de seguidores de Charles Darwin, autor do livro A Origem das Espécies, que dizia: “As espécies que sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes, mas aquelas que se adaptam melhor às mudanças.”

Vergonhoso

Em um dia de calor tão intenso como o de ontem, muitos lembraram da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada no Rio de Janeiro há 27 anos. Desde então, outros encontros se realizaram em vários pontos do mundo sem apontar resultados. Muitos discursos, planos, promessas, sem deixar de lado o turismo que seus participantes tanto gostam. Compromisso para valer, quase nada. Os países que são os maiores responsáveis pelo efeito estufa costumam olhar para o quintal do vizinho e não para o seu.

Banidas

Nas posses em Brasília, domingo e ontem, não apareceu sequer uma gravata vermelha.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/nao-vai-brincar-em-servico/ Não vai brincar em serviço 2019-01-03
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