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Política “Não vão botar no meu colo essa conta; governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social é que devem ser cobrados”, diz Bolsonaro sobre as mortes pelo coronavírus

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Segundo o presidente, governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social é que devem ser cobrados

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Segundo o presidente, governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social é que devem ser cobrados. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (29) que o governo federal fez “tudo que é possível ser feito” para conter a crise causada pela pandemia do coronavírus e que não pode ser responsabilizado pelas mais de 5 mil mortes no País.

“Não vão botar no meu colo uma conta que não é minha”, afirmou ao presidente ao deixar o Palácio da Alvorada. Segundo o presidente, governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social é que devem ser cobrados.

“A imprensa tem que perguntar para o [João] Doria por que mais pessoas estão perdendo a vida em São Paulo”, disse Bolsonaro, destacando que o governo federal fez sua parte ao liberar recursos para a Saúde e destinar um benefício de R$ 600 a trabalhadores informais.

“Não adianta a imprensa querer colocar na minha conta essas questões que não cabe a mim”, disse. “O Supremo [Tribunal Federal] decidiu que quem decide essas questões [sobre restrição] são governadores e prefeitos.”

As medidas de isolamento social para conter a pandemia de coronavírus e evitar a sobrecarga do serviço de saúde são recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e foram adotadas em diversos países.

Rodeado por parlamentares do PSL, com que se reuniu mais cedo, o presidente acusou a imprensa de “mentir” ao dar destaque a uma declaração dele na véspera, quando respondeu com um “e daí?” ao ser questionado sobre o número de mortes pela Covid-19 no País. Na terça-feira (28) o Brasil ultrapassou a quantidade registrada na China, onde a doença surgiu.

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, respondeu o presidente ao ser questionado na noite de ontem sobre os números. Após questionar e ser informado que as TVs estavam gravando a declaração, Bolsonaro lamentou as mortes e disse que se solidarizava com as pessoas que perderam familiares por conta da doença.“É a vida. Amanhã vou eu”, completou.

Nesta quarta-feira, ele afirmou que a frase foi tirada do contexto. “Você mentiu”, disse a um jornalista que o questionou se ele negava o que disse na terça-feira. “Lamento as mortes profundamente. Sabia que iam acontecer. Mas eu desde o começo me preocupei com vida e emprego, porque desemprego também mata. Então, essa conta, tem que ser perguntada para os governadores”, afirmou Bolsonaro.

O presidente ainda disse que foi “achincalhado” nas vezes que citou a preocupação com a economia, mas que a “segundo onda” do desemprego provocará uma “recessão gravíssima”.

“O que estou fazendo é sugerir ao Ministério da Saúde medidas para a gente voltar rapidamente, tá? Com responsabilidade, [voltar] a uma normalidade. Como disse um parlamentar aqui, os países que adotaram o isolamento horizontal foi onde mais faleceram gente”, disse.

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