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Celebridades Nas novelas, os vilões desonestos e sem moral são os queridinhos dos telespectadores

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Rodrigo Lombardi arranca suspiros com o personagem Alex, que tem um caso com a enteada.(Foto: TV Globo)

Já se foi o tempo em que bandido de novela tinha cara feia, só fazia o mal e era odiado por todos. Heroína romântica que se prezava não ia para cama com o namorado da mãe nem em sonho. Só que isso mudou. Cada vez mais, a ficção dá espaço a novos valores ao mostrar personagens como Grego (Caio Castro), um vilão que manda matar e sequestrar, mas também faz benfeitorias para sua comunidade e tem até torcida para ficar com a mocinha em “I Love Paraisópolis”, da TV Globo. Com uma ajudinha da boa pinta de Castro, um galã que é ídolo adolescente, o malvado sedutor caiu nas graças do público.

Proximidade com a realidade.

Para o psicólogo e educador sexual Marcos Ribeiro, o vilão tratado como herói está bem próximo do que vemos em favelas pelo País. “A novela traduz uma realidade que pode não ser a de muita gente, mas retrata uma parcela da população”, avalia. Como exemplo, Ribeiro cita o traficante Playboy, o ex-chefão do morro da Pedreira, do Rio de Janeiro, cuja morte foi lamentada por moradores, porque o bandido “fazia o bem” para a comunidade.

Em “A Regra do Jogo”, da mesma emissora, a bandida é linda, glamourosa e divertida. O que parece atenuar os trambiques de Atena, vivida por Giovanna Antonelli. Por falsificar assinatura, clonar cartão de crédito e destruir o apartamento da amiga, a personagem só ganhou elogios na primeira semana da trama de João Emanuel Carneiro. “Não sou a favor de crimes e nunca daria um golpe”, frisa a atriz.

Amoralidade. 

Mas é na trama global “Verdades Secretas” que se concentra a maioria dos personagens de ética e moral suspeitas. Com muitas cenas de nudez, a novela mostra prostituição por trás do mundo da moda. No papel de um modelo decadente, Reynaldo Gianecchini assume que seu personagem, Anthony, se submete a tudo por dinheiro, como se relacionar com Fanny (Marieta Severo), a dona da agência onde trabalha, e ter um caso com o estilista francês Maurice Argent (Fernando Eiras), para dar um “up” na carreira. “Ele é um amoral”, decreta o ator. Já a jovem modelo Angel (Camila Queiroz), que esconde o passado recente de garota de programa, transa com o padrasto, Alex (Rodrigo Lombardi), casado com sua mãe, Carolina (Drica Moraes).

Contradições.

Para Ribeiro, o caso de Angel é um exemplo do momento contraditório por que passa a sociedade, já que o público reprovou o casal de lésbicas de uma novela recente, mas parece não se escandalizar com a menina fazendo sexo com o marido da mãe. “O que vemos nos folhetins e no público é essa mesma contradição. É importante refletir sobre o que estamos assistindo. Quando a novela traz essas questões, tem a intenção de expurgar o que está debaixo do tapete. A TV está botando o dedo na ferida”, diz.

Doutor em Teledramaturgia Brasileira e Latino-Americana, Mauro Alencar lembra que, desde a Idade Média, os vilões despertam amor e ódio. De acordo com ele, os autores foram aumentando a importância dessa figura na trama ao longo dos anos. “Daí, eu não estranhar que o carisma de Caio Castro e de Giovanna Antonelli esteja cativando o público, prova de que a essência do humano pouco mudou”, registra. (AD)

 

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