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Por Redação O Sul | 22 de maio de 2022
O Telescópio Espacial Hubble alcançou um novo marco na história da astronomia ao descobrir a rapidez com que o cosmos se expande. Contudo, segundo a Nasa (agência espacial norte-americana), o achado contribuiu com uma ideia de que “algo estranho está acontecendo com o universo”.
Durante os últimos anos, astrônomos usaram telescópios como o Hubble para compreender a velocidade da expansão do cosmos. Enquanto essas medidas se apresentaram mais precisas, um aspecto chamou a atenção. Existe uma diferença entre a taxa de expansão do universo quando comparada às observações do pós-Big Bang.
Contudo, cientistas não conseguem explicar essa discrepância. De acordo com a Nasa, a diferença sugere que esse “algo estranho” no universo pode ser o resultado de uma nova física desconhecida.
Há 30 anos, o Hubble coleta informações de “marcadores” no espaço que possam ser utilizados para o rastreamento da taxa de expansão do universo enquanto ele se afasta. Já foram calibrados mais de 40 marcadores, segundo a agência espacial.
“Você está obtendo a medida mais precisa da taxa de expansão do universo a partir do padrão-ouro de telescópios e marcadores de milhas cósmicas”, afirma o Prêmio Nobel Adam Riess, do Space Telescope Science Institute (STScI) e da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland.
Ele é o líder de uma equipe de cientistas que publicou no último dia 20 um artigo na revista científica “The Astrophysical Journal”, detalhando a maior e provavelmente a última grande atualização do telescópio espacial Hubble, dobrando o conjunto anterior de marcadores da expansão cósmica, bem como reanalisando dados existentes.
A busca por uma medida precisa de quão rápido o Universo estava se expandindo veio quando o astrônomo americano Edwin Hubble (1889-1953) descobriu que galáxias pareciam estar se afastando de nós, sendo que as mais distantes parecem se afastar ainda mais rapidamente. Os cientistas têm procurado uma melhor compreensão dessa expansão, desde então.
Quando o telescópio Hubble começou a coletar informações sobre a expansão do Universo, no entanto, acabou revelando que a velocidade é mais rápida do que os modelos haviam previsto, revela o jornal britânico The Independent. Os astrônomos acreditavam que a taxa de expansão era de cerca de 67,5 km/s por megaparsec (3.260.000 anos-luz), mas agora as observações revelam que chega em torno de 73 km/s por megaparsec. As informações são dos sites Yahoo Notícias e Trendsbr.