Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2025
A Justiça italiana aplicou medidas cautelares contra o ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro, que atualmente reside na região da Calábria, no sul da Itália. Tagliaferro é alvo de um pedido de extradição apresentado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A polícia italiana foi acionada para cumprir as restrições determinadas pelas autoridades locais, com base na solicitação feita pelo Brasil.
Apesar disso, o Tribunal de Apelação de Catanzaro, na Itália, rejeitou o pedido de prisão preventiva feito por Alexandre de Moraes contra o ex-assessor. A corte optou por aplicar medidas alternativas à prisão, mantendo Eduardo Tagliaferro em liberdade, mas sob condições determinadas pelo sistema judicial italiano.
Em declarações públicas, Tagliaferro afirmou ter agido de forma colaborativa no momento em que foi abordado pelos policiais italianos. “Nem me matando o ministro vai conseguir me parar”, disse. Ele também declarou que possui aliados e que documentos relacionados às denúncias que afirma possuir foram compartilhados com outras pessoas, como forma de proteção caso algo aconteça com ele.
Segundo o ex-assessor, a ação policial foi conduzida de maneira tranquila. “Já esperava por isso, mas tudo foi conduzido com calma e tranquilidade. Na verdade, foi o rito correto, feito na Itália e não o rito mágico do Alexandre de Moraes”, afirmou Tagliaferro em entrevista concedida ao canal do comunicador Paulo Figueiredo.
Durante o relato sobre sua detenção, Tagliaferro disse que os policiais italianos demonstraram desconhecimento sobre o conteúdo do caso e chegaram a pesquisar informações na internet para compreender melhor o motivo da abordagem. “Aqui na Itália ninguém sabe de nada”, declarou.
Ele também comentou sobre as medidas cautelares impostas pela Justiça italiana, alegando que elas não têm impacto direto em sua rotina atual. “Sigo lembrando ao ministro Moraes e ao povo brasileiro que existem mais coisas. Para mim, não muda nada. Onde estou, tenho tudo de que preciso”, declarou.
Tagliaferro também afirmou que se vê como o “novo maior inimigo de Moraes” e reiterou que continuará denunciando o que considera irregularidades, mesmo diante do processo de extradição. Até o momento, não há decisão definitiva das autoridades italianas sobre o andamento do pedido de extradição apresentado pelo Brasil, e o caso segue sob análise do Judiciário italiano. (Com informações de O Estado de S. Paulo)
